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Economia

Preço de frutas começa a cair em feiras de SP, mas impacto do tarifaço ainda preocupa

Uva e laranja tiveram queda nos preços, mas manga e gengibre seguem caros mesmo após novas tarifas de exportação

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O quilo da uva custava R$ 18 há duas semanas. Nesta quinta-feira (7), está sendo vendido a R$ 12 na feira. A laranja também teve uma pequena queda: a dúzia, que saía por R$ 12, agora está saindo por R$ 10. A manga continua com preço meio amargo: 3 por R$ 12. O gengibre, por enquanto, também não ficou mais barato.

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Todos esses produtos costumam ser exportados para os Estados Unidos e não escaparam do tarifaço de 50% imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. O aumento dos preços pode inviabilizar sua exportação e manter uma parte maior da produção no mercado interno. Com isso, há expectativa de uma queda dos preços para os brasileiros.

“A gente continua no mesmo valor de antes do tarifaço. Não chegou ainda pra gente o valor final. Eu acho que demora a chegar, talvez”, afirma o feirante Lucas Américo.

Segundo especialistas, produtores e exportadores buscam alternativas para continuar vendendo as frutas para os Estados Unidos. Se houver queda do valor aqui no Brasil, isso só deve acontecer daqui a 15 dias, caso comece a sobrar produto no mercado interno. As novas tarifas entraram em vigor na quarta-feira (6).

“Se eu tenho mais empresas oferecendo o mesmo produto, pela lei da oferta e demanda, vou gerar mais competição no mercado interno e isso vai fazer com que os preços baixem”, explica Valeska Ciré, gerente da IFPA (Associação Internacional da Indústria de Hortifruti).

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A gerente da associação explica que a cobrança da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros tem impacto em toda a cadeia produtiva. "O produtor tem muitos custos: desde a planta, insumos, embalagem, logística. E se, nessa balança, ele tem mais despesas e não consegue equilibrar a receita e a venda, muitos podem optar por não tirar o fruto do pé. E isso é muito ruim, porque estamos falando de alimento", alerta Valeska.

O cenário ainda é incerto tanto para quem compra quanto para quem vende. "De hoje para amanhã, a qualquer momento pode ter uma surpresa", afirma Marcelo Augusto, feirante.

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