Sob pressão, Netanyahu pede perdão por morte de reféns
Seis corpos foram recuperados no domingo; milhares de israelenses foram às ruas exigir por cessar-fogo e um acordo que garanta a libertação dos outros reféns
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu perdão às famílias de seis reféns cujos corpos foram recuperados da Faixa de Gaza durante o fim de semana.
“Eu disse às famílias, e repito e digo esta noite: estou pedindo perdão por não conseguirmos trazê-los de volta vivos. Estivemos muito próximos, mas não conseguimos.”, afirmou em coletiva de imprensa nesta segunda.
A descoberta dos corpos causou comoção nacional e mobilizou a população, que encheu as ruas de Tel Aviv nesta segunda-feira (2) pelo segundo dia consecutivo. Os manifestantes dizem que Netanyahu não fez o suficiente para proteger os reféns e querem que o líder garanta um acordo de cessar-fogo com o Hamas.
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A demora para chegar em um acordo foi, inclusive, criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, principal aliado do país. Questionado se achava que Netanyahu estava fazendo o suficiente para garantir um acordo para a devolução reféns, Biden disse: “Não”. Ele não deu mais detalhes.
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Os comentários do presidente ocorreram enquanto ele retornava à Casa Branca para se reunir com autoridades americanas que têm trabalhado para garantir um acordo que combine a libertação dos reféns mantidos em Gaza com uma pausa nos combates. A vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata à presidência, também participou da reunião.
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Segundo o governo de Israel, ao menos 111 pessoas sequestradas pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023 continuam sob poder do grupo. A guerra que já se aproxima de um ano já deixou mais de 40 mil mortos na Faixa de Gaza e causou a destruição quase total de toda a infraestrutura do território palestino, provocando uma crise humanitária sem precedentes.