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Sem Rússia e Ucrânia, Brasil e China formalizam grupo de países para discutir paz no Leste Europeu

Assessor especial da presidência, Celso Amorim afirmou que formação de grupo é um "primeiro passo" para a paz e minimizou críticas de Zelensky ao Brasil

Sem Rússia e Ucrânia, Brasil e China formalizam grupo de países para discutir paz no Leste Europeu
Nações Unidas - Foto: Patrícia Vasconcellos
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Brasil e China formalizaram, nesta sexta-feira (27), um grupo formado por países do Sul Global para discutir a paz no Leste Europeu, interrompida pela invasão da Rússia ao território da Ucrânia. Os dois países envolvidos na guerra não participam do colegiado.

+ Guerra na Ucrânia: "Se Zelensky for esperto, vai buscar a solução diplomática", diz Lula

A reunião aconteceu com representantes de 17 países durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e 12 foram signatários do documento que traça seis tópicos para negociar um plano de paz para o conflito. O grupo começou a ser costurado por Brasil e China em março deste ano. Segundo Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a medida é um primeiro passo para a busca da paz.

+ "É parte do processo diplomático", diz porta-voz dos EUA sobre discursos divergentes de Zelensky e Lula na ONU

"Eu realmente estou muito satisfeito, acho que nós queremos realizra aquilo que o presidente Lula falou desde o começo. Leva tempo para as pessoas se convencerem de que os outros caminhos estão levando a lugar nenhum. Mas somos um grupo de amigos, de países, de amigos da paz, não da Rússia nem da Ucrânia só", disse Amorim.

Países que assinaram o documento:

Brasil, China, Argélia, Bolívia, Colômbia, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, África do Sul, Turquia e Zâmbia

Países que não assinaram o documento:

Etiópia, México, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e Vietnã..

Segundo Celso Amorim, os países que não assinaram o documento também não se opuseram, mas optaram por não assinar por pequenas questões ou por já estarem envolvidos em outras tentativas de acordo.

O diplomata brasileiro afirmou que apesar de Rússia e Ucrânia ainda não quererem chegar a um termo de paz, a tendência é que isso ocorra quando se derem conta de que a guerra não terá um desfecho pelas vias militares.

"[Rússia e Ucrânia] serão parte do processo quando o momento certo chegar. Quantas vezes um país achou que ia ganhar um guerra com facilidade e depois ficou difícil. Então, ás vezes, tenha que chegar esse momento, mas ele vai chegar, estamos convencidos e quando ele chegar a gente vai dizer: olha, tem aqui um caminho para voltar à paz!", avaliou.

Críticas de Zelensky

Durante o discurso na ONU, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski levantou dúvidas sobre as reais intenções de Brasil e China ao mediarem um acordo de paz. O ucraniano afirmou que as tentativas, na verdade, não olham o lado da Ucrânia e acabam dando espaço político ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Amorim, desconversou e disse que se reúne com o presidente e integrantes do governo ucraniano desde o ano passado,

"Eu não sei do Zelensky. Eu fui à Kiev, nós ouvimos os pontos de vista dele. Ano passado o presidente Lula recebeu ele aqui, já falou por vídeo com o Zelensky. Eu acho que falei mais vezes com o Yarmak do que com qualquer outro ministro, falei com o Yarmak mais do que com a minha família", disse.

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