Putin afirma que Rússia conquistou quase 5 mil km² de território da Ucrânia em 2025

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (7) que as forças russas capturaram quase 5.000 km² de território ucraniano em 2025 e que Moscou mantém controle estratégico completo no campo de batalha.

Em reunião com os principais comandantes militares russos, Putin destacou que as tropas ucranianas estariam recuando em toda a frente, apesar das tentativas de resistência. Segundo ele, ataques ucranianos dentro do território russo não alterariam o curso da guerra, que já dura mais de três anos e meio.

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“Neste momento, as Forças Armadas Russas detêm totalmente a iniciativa estratégica”, disse Putin, de acordo com a transcrição oficial do Kremlin.“Este ano, liberamos quase 5.000 km² de território – 4.900 km² – e 212 localidades.”

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou a captura de mais dois vilarejos nesta terça-feira, enquanto o comando ucraniano afirma que a linha de frente agora se estende por mais de 1.250 km.

Resistência ucraniana e contra-ataques

Em agosto, o governo ucraniano classificou os avanços russos como fracassos, já que Moscou não conseguiu capturar nenhuma grande cidade neste ano. Apesar disso, relatos do lado ucraniano apontam avanços em Donetsk, principalmente próximos à cidade de Dobropillia.

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O presidente Volodymyr Zelenskiy também relatou que as tropas de Kiev recuperaram áreas na região fronteiriça de Sumy, onde a Rússia mantém pontos de apoio.

O general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, afirmou que as tropas de Moscou avançam “em praticamente todos os setores”. Entre os destaques estão:

• Donetsk: cidades de Siversk e Kostyantynivka
• Nordeste: expulsão das forças ucranianas de Kupiansk
• Sul: progressos nas regiões de Zaporizhzhia e Dnipropetrovsk
• Norte: criação de zonas de proteção em Sumy e Kharkiv

Segundo Gerasimov, as forças ucranianas tentam desacelerar o avanço russo, mas estão sendo pressionadas em múltiplos setores.

Putin reiterou que os objetivos da Rússia permanecem os mesmos desde o início da chamada “operação militar especial”, em fevereiro de 2022, com a justificativa de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.