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Greta Thunberg diz ter sido torturada em prisão de Israel após detenção de flotilha

Sueca afirmou que ativistas detidos ficaram sem água potável e remédios em prisão; Israel nega as acusações

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Thunberg foi detida com 478 ativistas e expulsa de Israel na segunda-feira - REUTERS/Tom Little
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A ativista sueca Greta Thunberg afirmou nesta terça-feira (7) que ela e outros integrantes da Flotilha Global Sumud, detidos por Israel, foram “sequestrados e torturados” durante a prisão.

A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa em Estocolmo, após Thunberg retornar ao seu país. A sueca afirmou que não recebeu água potável e que outros detidos foram privados de medicamentos essenciais.

“Pessoalmente, não quero compartilhar aquilo a que fui submetida porque não quero que vire manchete ‘Greta foi torturada’. Essa não é a história aqui”, disse a ativista, ressaltando que as experiências em Gaza são “muito piores”.

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O Ministério das Relações Exteriores de Israel não respondeu imediatamente aos questionamentos da Reuters, mas negou repetidamente as acusações de maus-tratos.

“Todos os detidos tiveram acesso à água, comida e banheiros; não lhes foi negado o acesso a um advogado e todos os seus direitos legais foram plenamente respeitados”, declarou um porta-voz israelense na semana passada.

Israel também classificou a flotilha como um golpe publicitário em favor do grupo militante Hamas, e já havia detido Thunberg em uma ação semelhante no mar, em junho.

O objetivo da flotilha

A Global Sumud Flotilla tentava chegar a Gaza para entregar suprimentos humanitários e chamar atenção para a crise no enclave palestino, onde mais de 2,2 milhões de pessoas vivem sob bloqueio.

A ONU afirma que a fome é generalizada na região, mas Israel diz que os relatos são “exagerados”.

Thunberg foi detida com 478 ativistas e expulsa de Israel na segunda-feira (6).

Ativistas suecos afirmaram que Thunberg foi empurrada e forçada a segurar uma bandeira israelense durante a detenção — relato que ela não confirmou durante a coletiva.

Os participantes também acusaram o governo da Suécia de não oferecer assistência suficiente. Em nota, o governo disse que desaconselhou viagens a Gaza, mas forneceu apoio consular e cobrou boas condições de tratamento aos cidadãos detidos.

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