Presidente do Equador declara novo estado de emergência após aumento da violência
O decreto vale para sete das 24 províncias do país
O presidente do Equador voltou a impor estado de exceção em parte do território nacional depois de um novo aumento na onda de violência que assola o país há vários meses. O decreto vale para sete das 24 províncias do país.
Nesses lugares, o exército poderá invadir casas e comércios sem autorização judicial. As forças de segurança também terão o poder de interceptar e abrir correspondências de qualquer pessoa, medidas duras que o presidente considera necessárias para combater as gangues que aterrorizam o país.
Daniel Noboa afirma que criminosos se refugiaram nessas regiões e disse que não vai permitir o avanço de grupos que considera terroristas. Além disso, o presidente classificou a ação como a segunda etapa de uma guerra. A primeira, segundo ele, foi em janeiro, quando a violência de gangues fugiu de controle e o exército saiu às ruas pela primeira vez.
No entanto, há críticas ao que muitos chamam de autoritarismo do jovem presidente. A organização "Human Rights Watch" acusa o Equador de graves violações aos direitos humanos. O México até hoje protesta contra a invasão de sua embaixada, em Quito, para prender um ex-vice-presidente equatoriano que estava sob refúgio.
Nesta quinta-feira (23), a Corte Internacional de Justiça da ONU pediu que o Equador respeite a Convenção de Viena, que determina a inviolabilidade das embaixadas, mas a ação mexicana, que exigia proteção imediata à sede diplomática e aos arquivos que estão dentro do prédio, acabou rejeitada pela corte.