Pai de criança morta em acidente pede que Trump pare de usar nome do filho em campanha
Aiden Clark morreu, aos 11 anos, atropelado por um imigrante haitiano em 2023, em Springfield, no estado de Ohio
SBT News
Nathan Clarke, pai de uma criança morta em um acidente envolvendo um imigrante haitiano em 2023, pediu que Donald Trump, seu candidato a vice, JD Vance, e outros políticos parem de utilizar o nome de seu filho para "ganhos políticos".
"Eles podem vomitar todo o ódio que eles quiserem sobre imigrantes ilegais, sobre a crise na fronteira, e até falsas alegações de que animais fofinhos estão sendo devastados e comidos por membros da comunidade. Contudo, eles não estão autorizados, nem nunca foram autorizados, a mencionar Aiden Clark, de Springfield, Ohio. Vou ouvi-los uma última vez para escutar suas desculpas", disse Nathan.
Em agosto de 2023 quando uma minivan, conduzida pelo haitiano Hermanio Joseph, bateu contra um ônibus escolar que levava Aiden, de 11 anos. O garoto morreu e mais de 20 outras pessoas ficaram feridas.
Na última segunda-feira (9), a equipe de campanha de Trump publicou uma mensagem relembrando a morte de Aiden, afirmando que ele tinha sido morto "no caminho da escola por um imigrante haitiano que Kamala Harris deixou entrar no país". Um dia depois, Vance também mencionou Aiden, afirmando que ele foi "assassinado por um imigrante haitiano que não tinha o direito" de estar nos EUA.
Ao contrário do que foi dito pelos republicanos, o pai do garoto afirmou que Aiden não foi assassinado.
"Eles disseram o nome do meu filho e usaram sua morte para ganhos políticos. Isso precisa acabar, agora. Meu filho, Aiden Clark, não foi assassinado. Ele foi acidentalmente morto por um imigrante do Haiti", contou Nathan.
Hermanio Joseph, que dirigia a minivan que provocou o acidente, foi sentenciado a ficar entre 9 e 13 anos e 6 meses na prisão por homicídio involuntário e homicídio veicular. Um pedido para suspender o julgamento foi negado em julho.