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Operação letal no Rio vira assunto em debate presidencial no Chile

Candidatos divergiram após serem questionados se apoiariam uma ação policial como a que deixou 121 mortos na capital fluminense

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A operação mais letal da história do Brasil foi um dos temas do debate presidencial no Chile, transmitido pela ANATEL, na segunda-feira (10).

Os principais candidatos à presidência do Chile foram confrontados com uma pergunta direta: seriam favoráveis a operações tão letais quanto a realizada no Rio de Janeiro em outubro, que deixou ao menos 121 mortos?

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A referência ao episódio no Brasil escancarou as diferenças entre os postulantes ao cargo no que diz respeito à segurança pública.

Os candidatos Johannes Kaiser e Franco Parisi, defenderam uma postura rígida contra o crime organizado. Kaiser afirmou que o Estado deve empregar toda a força necessária contra gangues armadas ou grupos considerados terroristas que ameacem o Estado de Direito, justificando intervenções enérgicas.

Parisi endossou a posição e prometeu adotar uma política de "bala ou cadeia", utilizando a Lei Antiterrorismo e o Estado de Exceção Constitucional em bairros onde prefeitos locais solicitarem ajuda, com tolerância zero para o crime.

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Já os candidatos Harold Mayne-Nicholls e Jeannette Jara criticaram o uso de força excessiva e a falta de humanidade nessas ações.

Mayne-Nicholls classificou a operação brasileira como um exemplo a ser evitado, destacando o alto custo em vidas inocentes.

Jara apontou a resposta desproporcional e questionou as prioridades dos adversários de direita, defendendo que o combate real ao crime deve mirar o crime organizado e o dinheiro do narcotráfico, e não crimes de menor potencial ofensivo.

Ambos pediram uma abordagem mais equilibrada e humana para a segurança pública no país.

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