OMS pede proteções legais para uso de inteligência artificial na saúde
Apenas quatro países possuem uma estratégia específica para IA na área


Beto Lima
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que aponta que o uso de inteligência artificial (IA) na área da saúde tem avançado na região europeia, mas ainda com pouca regulamentação específica. Apenas quatro países informaram ter estratégias nacionais voltadas à aplicação da tecnologia no setor, e menos de 10% possuem normas que definem responsabilidades em casos de erro ou dano decorrente do uso de IA.
Apesar disso, diversas nações já utilizam a tecnologia em atividades como detecção de doenças, organização de dados e suporte administrativo.
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O relatório indica que o desenvolvimento e a adoção da IA ocorrem de maneira desigual entre os países. Estônia, Finlândia e Espanha relataram iniciativas estruturadas, enquanto outros ainda trabalham em etapas iniciais de planejamento.
A ausência de marcos legais é mencionada pela maioria dos países como um dos principais fatores que limitam a expansão da tecnologia. Apenas cerca de um quarto das nações declarou ter recursos destinados à implementação prática de projetos de IA em saúde.
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A população dos países avaliados manifestou preocupações ligadas principalmente à privacidade de dados, segurança das ferramentas e acesso equitativo aos serviços de saúde. Também foram mencionados desafios relacionados à qualidade das informações utilizadas pelos sistemas de IA e à transparência no funcionamento desses recursos.
O documento recomenda que os governos elaborem estratégias nacionais para orientar o uso da IA, reforcem a governança sobre dados, estabeleçam regras de segurança e ampliem programas de capacitação para profissionais da área.
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A OMS também sugere que os países mantenham canais de comunicação com a população para esclarecer dúvidas e acompanhar a implementação das tecnologias.






