Número de mortos após terremoto em Mianmar passa de 1.600
Junta militar que governa o país pediu auxílio à comunidade internacional para enfrentar danos
Camila Stucaluc
Subiu para 1.644 o número de mortos em decorrência do terremoto de magnitude 7.7 na escala Richter que atingiu Mianmar na sexta-feira (28). O dado foi atualizado neste sábado (29) pela junta militar que governa o país, que acrescentou que o número de feridos chega a 3.408 e os desaparecidos são 139. Os dados ainda estão subindo, conforme as autoridades avançam sobre os destroços.
Equipes de resgate continuam procurando por vítimas, sobretudo nos escombros de edifícios. Ao todo, 1.591 imóveis foram danificados na região de Mandalay – epicentro do abalo sísmico. No local e em outras regiões, moradores também enfrentam interrupções no fornecimento de energia devido aos danos causados à infraestrutura elétrica.
Em um raro pronunciamento direcionado à comunidade internacional, o líder de Mianmar, Min Aung Hlaing, pediu ajuda na resposta ao terremoto. "Gostaria de convidar qualquer país, qualquer organização ou qualquer pessoa em Mianmar a vir e ajudar”, disse o militar, acrescentando que "abriu todos os caminhos para a ajuda externa".
O pedido já obteve resposta dos Estados Unidos, China, Índia e União Europeia. O retorno tranquilizou organizações internacionais, que temiam que a solicitação fosse rejeitada pela comunidade, já que Min Aung Hlaing é alvo de um pedido de mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade.
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Além de Mianmar, o terremoto foi sentido em Bangkok, na vizinha Tailândia. De acordo com o ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai, pelo menos nove pessoas morreram na capital tailandesa, enquanto outras 101 seguem desaparecidas. Assim como em Mianmar, os trabalhos de resgate continuam, sobretudo nos escombros de edifícios.