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Novas pesquisas podem mostrar distância grande de Trump e forçar Biden a desistir, avalia especialista

Igor Lucena, PhD em relações internacionais, vê fortalecimento do Republicano e novas dificuldades para o Democrata

Novas pesquisas podem mostrar distância grande de Trump e forçar Biden a desistir, avalia especialista
Trump e Biden: campanha eleitoral deve mudar após ataque a ex-presidente | Reprodução/AP/X/Twitter
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A campanha eleitoral opondo o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Republicano, deve mudar de forma e conteúdo depois do atentado a tiros sofrido pelo ex-presidente no último sábado (13), em comício na Pensilvânia. Para o PhD em relações internacionais Igor Lucena, "próximas pesquisas podem mostrar distância tão grande que podem forçar Biden a desistir da disputa". Assista à análise no Brasil Agora, programa do SBT News no YouTube, nesta segunda-feira (15), com apresentação de Iasmin Costa.

+ "Eu não deveria estar aqui, era para eu estar morto", diz Trump em primeira entrevista após ataque a tiros

Novas dificuldades para Biden e Trump fortalecido

Lucena avaliou que Biden já enfrentava problemas antes, como a discussão em torno de possíveis problemas cognitivos, e que a demonstração de força de Trump no palco após o ataque deve dificultar ainda mais os planos do atual presidente na campanha à reeleição.

"[Reação de Trump logo após o atentado] Pode ser uma grande força para virar votos em favor de Trump", disse Lucena, sobre o gesto do ex-presidente com punhos cerrados diante das câmeras, falando "lutem" a apoiadores. "Biden, agora, tem nova dificuldade. Fica muito mais difícil atacar Trump. Em situações como essa, de atentado, a tendência é tentar unir a nação em torno de uma pessoa", completou.

+ Trump chega ao estado de Wisconsin para convenção republicana

Em consequência desse cenário, falou Lucena, deve "aumentar pressão para Biden desistir". "Pra que [o Partido Democrata] tenha candidato mais forte. Tudo isso vamos saber nos próximos dias, principalmente com novas pesquisas, quarta ou quinta", adiantou.

"E aí, vem grande questionamento: será que Trump vai conseguir unir a nação ou Biden vai mostrar capacidade de liderança em momento de crise?", indagou Lucena. Para ele, próximos dias de campanha e novas pesquisas podem antecipar como será a dinâmica daqui para frente, a quatro meses da eleição, marcada para 5 de novembro.

+ Após identificar atirador, FBI busca informações sobre a motivação do atentado contra Trump

"O que nós vamos assistir é uma nova campanha eleitoral. Obviamente, a vantagem passa de maneira muito forte para Trump", disse o analista. "Processos judiciais continuam, mas ficam pra debaixo do tapete. A população vai focar muito mais no sobrevivente do atentado do que no ex-presidente condenado", opinou.

Temor de acirramento de tensões regionais

A segurança deve ser reforçada em eventos tanto de Biden como de Trump, que será confirmado como candidato do Partido Republicano nesta semana, na convenção nacional da legenda. Mas Lucena teme acirramento de tensões em contextos regionais, já que a eleição, que seguirá bastante polarizada, também envolve outros cargos importantes.

+ Atirador que tentou matar Trump carregava explosivos em seu carro

"Problema talvez seja aumento da violência nas campanhas estaduais de governos e deputados. Trump tem oportunidade de unir americanos em torno dele e diminuir críticas contra Biden e Democratas. Talvez isso seja positivo para ele, tanto eleitoralmente quanto para diminuir ânimos nos Estados Unidos. Se tiver essa visão, capaz de de fato diminuir tensões regionais que podem existir por causa desse atentado", continuou Lucena.

O também economista entende que o termômetro político "depende da palavra dos maiores líderes dos Estados Unidos, Biden e Trump". "O que eles vão apresentar na campanha após o atentado pode aumentar ou diminuir as tensões políticas no país", comentou.

+ Quem é Thomas Matthew Crooks, o atirador que tentou matar Trump?

Assista ao Brasil Agora desta segunda (15):

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