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Netanyahu reúne governo nesta quinta (9) para ratificar acordo com Hamas

Autoridades concordaram com a primeira fase do acordo, que envolve a troca de reféns por prisioneiros palestinos

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Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu | Divulgação/gabinete do primeiro-ministro
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião do governo nesta quinta-feira (9) para ratificar o acordo de paz com o Hamas. As delegações concordaram com a implementação da primeira fase da proposta, que envolve a troca dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza por prisioneiros palestinos.

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Segundo Netanyahu, a reunião é necessária para votar a libertação dos prisioneiros palestinos. Caso concorde com a ação e nenhuma contestação seja enviada ao Supremo Tribunal de Justiça, o governo poderá seguir com a soltura dos detidos.

“Agradeço aos heróicos soldados das Forças de Defesa de Israel e a todo o aparato de segurança, cuja bravura e sacrifício nos trouxeram até hoje. Se Deus quiser, continuaremos juntos para alcançar todos os nossos objetivos e expandir a paz com nossos vizinhos”, disse Netanyahu. Na fala, ele também agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ajudou a elaborar o acordo.

Ao todo, 48 reféns seguem sob custódia do Hamas em Gaza, dos quais 20 estão vivos. Conforme o acordo, o grupo deverá libertar os sequestrados, assim como os corpos dos mortos, em até 72 horas após Israel concordar publicamente com o acordo. A expectativa, segundo Trump, é que a liberação aconteça na segunda-feira (13).

Em comunicado, o Hamas celebrou o acordo com Israel, dizendo que “os sacrifícios do povo não serão em vão”. O grupo ainda garantiu que continuará fiel às promessas feitas para Gaza, durante as negociações. “Não abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo: alcançar a liberdade, a independência e a autodeterminação”, disse.

Acordo de paz

O acordo de paz na Faixa de Gaza, elaborado pelos Estados Unidos, engloba a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas, vivos e mortos, em troca de 250 palestinos condenados e 1.700 detidos em Israel. O texto também inclui a retirada de tropas israelenses, a desmilitarização de Gaza e a entrada de ajuda humanitária na região, incluindo reabilitação de infraestrutura.

Ainda é proposto que, enquanto um novo governo não é firmado, o enclave palestino será administrado por uma gestão internacional temporário, chamado de “Conselho da Paz”, chefiada por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, e composto por palestinos qualificados. O Hamas, por sua vez, não terá participação no governo.

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Outros pontos do acordo incluem a criação de um plano de desenvolvimento para reconstruir e revitalizar Gaza; o estabelecimento de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas; e a garantia de segurança por parceiros regionais, que deverão impedir o Hamas e outras facções de descumprirem os termos do acordo. Para os militantes que se renderem, Israel também prometeu anistia.

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