Israel intercepta nova flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza
Governo afirmou que ativistas serão transportados para porto em Tel Aviv, de onde serão deportados

Camila Stucaluc
A Marinha israelense interceptou, na madrugada desta quarta-feira (8), uma nova flotilha de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza - palco da guerra entre Israel e Hamas. Segundo reportado pela Coalizão da Flotilha da Liberdade, ao menos seis embarcações do comboio foram abordadas pelos militares em águas internacionais.
Pelas redes sociais, os administradores da flotilha divulgaram vídeos dos ativistas que estavam nas embarcações. Entre eles estão cidadãos do Canadá, França, Austrália, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Nova Zelândia, Tunísia, Bélgica, Dinamarca e Islândia. Todos estavam a cerca de 200 km da costa da Faixa de Gaza.
“A flotilha navegava em conformidade com o direito internacional, fora da jurisdição israelense. Apelamos aos governos para que condenem este crime e exijam a libertação imediata de todos os voluntários sequestrados, bem como o fim do bloqueio ilegal e do genocídio em curso por Israel em Gaza”, disseram os organizadores.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores israelense confirmou que interceptou barcos que tentavam “furar o bloqueio naval e entrar em Gaza”. A pasta afirmou que tanto as embarcações como os passageiros foram transferidos para um porto em Israel, de onde serão deportados. “Todos os passageiros estão seguros e com boa saúde”, acrescentou.
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Essa é a segunda interceptação de navios humanitários por Israel em outubro. A primeira ocorreu no dia 1º, quando embarcações da Global Sumud foram interceptadas por forças navais israelenses enquanto navegavam rumo à Gaza com remédios e alimentos. Dentro os ativistas capturados estavam 15 brasileiros, que foram deportados por Tel Aviv nesta semana. Um deles, Nicolas Calabrese, denunciou tortura.