Navalny estava prestes a ser libertado em troca de prisioneiros, diz aliada

A morte do opositor russo Alexei Navalny ocorreu poucos dias antes de ele ser libertado em uma troca internacional de prisioneiros. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (26) por Maria Pevchikh, aliada de Navalny, que voltou a acusar o governo de Vladimir Putin de planejar e executar o assassinato do opositor político.

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Em vídeo publicado nas redes sociais, Pevchikh explicou que existiam negociações sobre a soltura de Navalny e de dois cidadãos norte-americanos não identificados. O trio seria trocado por Vadim Krasikov, um assassino do Serviço de Segurança russo (FSB) que atualmente cumpre sentença de prisão perpétua na Alemanha por terrorismo.

Segundo a aliada, as negociações estavam em fase final um dia antes da morte de Navalny. “Navalny deveria estar livre nos próximos dias porque havíamos chegado a uma decisão sobre sua troca. Na noite de 15 de fevereiro, recebi a confirmação de que as negociações estavam em fase final. Um dia depois, Alexei foi morto”, disse ela.

A morte de Navalny foi confirmada pelo pelo Serviço Penitenciário russo no dia 16 de fevereiro. Na data, a entidade disse que o líder político se sentiu mal após terminar uma caminhada no presídio de Yamalo-Nenets, na Sibéria, e perdeu a consciência. Ele cumpria uma sentença de 19 anos de prisão por acusações de extremismo e outros crimes.

Em meio às especulações de líderes internacionais, que acusaram Putin de arquitetar a morte de Navalny, o governo russo iniciou uma investigação. O corpo do opositor passou por perícias e "exames químicos" durante seis dias e o laudo final apontou para “óbito por causas naturais”. No sábado (24), o corpo foi entregue à mãe de Navalny.

“Alexei Navalny poderia estar sentado neste assento agora mesmo. Isso não é uma figura de linguagem, poderia e deveria ter acontecido”, disse Pevchikh.