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Mais de 160 jornalistas foram mortos nos últimos 2 anos, diz Unesco

Maioria dos óbitos ocorreu em países em conflito armado; Faixa de Gaza lidera ranking

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Trabalhadores da imprensa | Pexels
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Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apontou que, entre 2022 e 2023, 162 jornalistas foram mortos enquanto trabalhavam. Das mortes, quase metade ocorreu em países em conflito armado, em comparação com 38% nos dois anos anteriores (2020-2021).

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, a guerra na Faixa de Gaza, protagonizada por Israel e o grupo extremista Hamas, dominou o cenário de mortes. Nos últimos 380 dias, mais de 130 jornalistas palestinos foram mortos pelas forças israelenses, sobretudo por denunciar possíveis crimes de guerra no enclave.

“Nos últimos anos, houve uma taxa alarmante de mortes em zonas de conflito – em particular em Gaza, que viu o maior número de assassinatos de jornalistas e trabalhadores da mídia em qualquer guerra em décadas”, disse Guterres.

Em outros países, a maioria dos jornalistas foi morta por denunciar casos envolvendo o crime organizado, corrupção ou enquanto cobria manifestações públicas. Além disso, o relatório observou "o fato alarmante" de que o número de profissionais do sexo feminino mortas está em seu nível mais alto desde 2017, com 14 óbitos.

85% das mortes em aberto

Entre 2006 e 2024, mais de 1.700 jornalistas foram mortos em todo o mundo. Do total, 85% são considerados não resolvidos pela Unesco. Embora há uma tendência de melhora, já que a taxa era de 89% em 2018 e 95% em 2012, a organização reforçou que os países devem aumentar os esforços para impedir novos crimes do tipo.

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“A perseguição contínua de jornalistas e profissionais de mídia destaca a situação complexa da segurança de jornalistas e como este indicador continua a impactar significativamente na realização da Meta 16.10 do ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] para "garantir o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, de acordo com a legislação nacional e acordos internacionais", afirmou a Unesco.

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