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Ataque israelense deixa mais de 90 palestinos mortos no norte de Gaza

Vítimas dormiam em prédio bombardeado na madrugada desta terça-feira (29); ONU alerta para impactos de leis israelenses que limitam atendimento a refugiados

Ataque israelense deixa mais de 90 palestinos mortos no norte de Gaza
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Pelo menos 93 pessoas morreram e outras 17 estão desaparecidas após um ataque de Israel atingir um prédio de cinco andares onde famílias palestinas deslocadas estavam abrigadas em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza. O bombardeio aconteceu na madrugada de terça-feira (29), quando muitas das vítimas dormiam no local.

De acordo com o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, pelo menos 20 crianças estão entre os mortos. "O ataque de hoje às crianças tornou-se uma norma ultrajante em Gaza, onde uma média de mais de 67 crianças são mortas ou feridas todos os dias", disse Catherine Russell, diretora-executiva do UNICEF no X, antigo Twitter.

"As crianças em Gaza estão pagando com suas vidas e seu futuro enquanto o direito humanitário internacional é flagrantemente e sistematicamente violado. Essas graves violações infligidas às crianças devem acabar agora. Todos têm a responsabilidade de proteger as crianças”, reforçou.

O número de mortos após mais de um ano de combates no enclave palestino ultrapassou 43.000, com mais de 100.000 feridos, relatam autoridades de Gaza na segunda-feira (28).

Israel x ONU

O novo bombardeio acontece em meio aos apelos cada vez mais urgentes de autoridades da ONU para que Israel respeite o direito humanitário internacional. Segundo a subsecretária-geral interina para Assuntos Humanitários da ONU, Joyce Msuya, sob o cerco de Israel desde o fim de setembro, toda a população da província de Gaza do Norte "corre risco de morrer".

A fala aconteceu apenas dois dias antes de parlamentares israelenses aprovarem duas leis que podem ameaçar o trabalho da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos.

+ "Israel não pode ignorar obrigações internacionais", diz ONU após país proibir ajuda a refugiados

A UNRWA é o maior fornecedor de ajuda em Gaza, mas as leis aprovadas na segunda-feira (28) cortariam os laços de Israel com a agência e proibiriam sua atuação em território israelense, levantando preocupações sobre a continuidade dos serviços básicos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada por Israel.

Israel alega, sem provas, que alguns dos milhares de funcionários da UNRWA participaram dos ataques do Hamas no ano passado que deram início à guerra em Gaza. A agência demitiu nove funcionários após uma investigação, mas nega que ajude grupos armados. Por causa das acusações de Israel, os principais doadores internacionais cortaram o financiamento para a agência, embora parte dele tenha sido restaurado.

O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, classificou a medida do parlamento israelense como “profundamente preocupante por vários motivos”, reforçando o alerta do secretário-geral da ONU, António Guterres, de que a decisão provavelmente teria “consequências devastadoras”, uma vez que a UNRWA é a principal provedora de ajuda dentro do enclave devastado pela guerra.

Em Genebra, o porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Jeremy Laurence, disse que o Alto Comissário destacou o "grave potencial de impacto" sobre os direitos de todos os que dependem da Agência de Socorro e Trabalhos da ONU.

"Sem a UNRWA, a entrega de alimentos, assistência médica e educação, entre outros serviços, para a maior parte da população de Gaza, pararia completamente", disse. "Os civis já pagaram o preço mais alto deste conflito no último ano. Essa decisão, de fato, só piorará a situação para eles, muito pior."

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