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Lula critica invasão à embaixada do México no Equador em reunião extraordinária da Celac

Presidente condenou o episódio e defendeu a busca, dentro do bloco, por formas de superar a crise entre os países

Lula critica invasão à embaixada do México no Equador em reunião extraordinária da Celac
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a invasão à embaixada do México no Equador, durante uma reunião extraordinária virtual da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (16).

O encontro foi convocado pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, que é a atual líder da Celac, para tratar da invasão da embaixada mexicana em Quito por forças policiais equatorianas, em 5 de abril. Segundo Lula, o ocorrido é “inaceitável”.

“Muito me entristece que, passados menos de dois meses da Cúpula de Kingstown, estejamos reunidos para discutir a invasão da Embaixada do México por forças policiais armadas do Equador. Medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe", disse o presidente brasileiro.

"Uma medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente“, afirmou o brasileiro.

O presidente da República afirmou ainda que o Equador deveria fazer um pedido formal de desculpas ao México. Ele também avaliou como “positiva” a proposta da Bolívia de criar uma comissão integrada por países da Celac para acompanhar a situação e a saúde do ex-vice-presidente Jorge Glas, preso pelas forças equatorianas.

Lula também ressaltou a importância de buscar caminhos para a reconstrução da confiança e do diálogo. Ele lembrou a assinatura, há 70 anos, da Convenção de Caracas sobre o Asilo Diplomático e também citou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (de 1961). O presidente reforçou ainda que a "gravidade da situação" impõe à Celac o dever de expressar "inequívoco repúdio" à invasão.

"A própria Corte Internacional de Justiça já tratou do tema e foi muito clara sobre isso no Caso Haya de la Torre, entre Colômbia e Peru. Portanto, absolutamente nada justifica a cena a que assistimos em Quito. Nosso desafio agora é encontrar caminhos para a reconstrução da confiança e do diálogo”, disse o presidente.

Na terça-feira passada, 9 de abril, o presidente Lula conversou por telefone com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e manifestou solidariedade após a invasão da embaixada mexicana por forças policiais equatorianas.

Logo na sequência da invasão, o Itamaraty condenou com veemência o episódio. As forças equatorianas invadiram a embaixada para efetuar a prisão do ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas Espinel, transferido para uma penitenciária de segurança máxima. Glas estava na representação mexicana desde dezembro de 2023, onde pediu asilo político alegando perseguição política no Equador.

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