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Líderes usam mensagens de Natal para enviar recados políticos ao mundo

De Trump a reis europeus, pronunciamentos natalinos foram além das boas-festas e refletiram prioridades, conflitos e disputas políticas

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Presidente Donald Trump, rei Philippe, da Bélgica, rei da Espanha, Felipe VI, e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa | Fotos: White House, Reuters, Casa de S.M. el Rey e reprodução

Autoridades de diferentes países aproveitaram as mensagens de Natal para ir além dos votos tradicionais de boas-festas e transmitir recados políticos, expondo preocupações, prioridades e visões de mundo. Presidentes, primeiros-ministros, reis e rainhas adaptaram seus discursos ao contexto político e social de cada nação.

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Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump divulgou sua mensagem pelas redes sociais, após oferecer uma ceia de Natal em sua mansão. O texto começou com um “Feliz Natal” — estendido, segundo ele, até à “escória da esquerda radical” — e seguiu com elogios ao próprio governo. Segundo o Kremlin, Trump recebeu felicitações do presidente russo Vladimir Putin, embora a maioria dos líderes europeus tenha evitado citar ambos.

Na Europa, a guerra na Ucrânia esteve presente em diversos pronunciamentos. O rei Philippe, da Bélgica, mencionou diretamente o conflito, assim como o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, que manifestou solidariedade aos ucranianos. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi mais incisivo ao afirmar que muitos desejariam a morte de Putin, mas que a resposta deveria ser buscada em Deus.

O rei da Espanha, Felipe VI, defendeu a democracia e o projeto da União Europeia, frequentemente criticado por Trump. Já no Reino Unido, onde o chefe de Estado não é o chefe de governo, o rei Charles III fez seu quarto discurso de Natal desde a coroação, pregando a reconciliação. O tom simbólico foi reforçado pela apresentação final de um coral ucraniano, com trajes típicos.

Em Portugal, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa optou por uma mensagem escrita, publicada em jornal, na qual criticou o extremismo e os “muros” que dividem as pessoas. Segundo ele, essas barreiras alimentam “condomínios fechados de egoísmos, em que só alguns têm direito de Natal”.

Na Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni falou oficialmente de esperança, mas, horas depois, disse a seus assessores que o ano havia sido difícil e que o próximo tende a ser ainda mais duro.

Entre cenas cuidadosamente produzidas — como imagens simbólicas na Casa Rosada ou encenações da família real britânica — e discursos carregados de mensagens indiretas, ficou evidente que, embora o Natal seja o mesmo, suas interpretações políticas se tornam a cada ano mais personalizadas.

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