Líderes do G7 condenam ataque do Irã contra Israel: "Séria ameaça"
Bloco reiterou que está discutindo esforços para evitar a escalada do conflito na região
O G7, grupo que reúne as maiores economias do mundo, emitiu uma declaração na quinta-feira (03) condenando os ataques do Irã contra Israel – última escalada do conflito entre Tel Aviv e o grupo extremista Hezbollah. No texto, os líderes afirmaram que a ofensiva iraniana é perigosa, pois “constrói uma séria ameaça” à estabilidade regional.
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“As ações desestabilizadoras do Irã em todo o Oriente Médio por meio de representantes terroristas e grupos armados — incluindo os Houthis, Hezbollah e Hamas — bem como grupos de milícias alinhados ao Irã no Iraque, devem parar. Um ciclo perigoso de ataques e retaliações corre o risco de alimentar uma escalada incontrolável”, diz a nota.
Reiterando o compromisso com a segurança de Israel, o G7 disse que vem discutindo esforços e ações coordenadas para evitar a escalada na região. “Incentivamos todas as partes a se envolverem construtivamente para diminuir as tensões atuais. O direito humanitário internacional deve ser respeitado”, acrescentou o grupo.
A preocupação com a escalada do conflito acontece porque o Irã, que apoia o Hezbollah, disse que havia concluído a resposta contra Israel pela morte de líderes do grupo, exceto no caso de novas provocações. O governo de Israel, por sua vez, prometeu retaliar o ataque, afirmando que o Irã “pagará um preço caro” pelo bombardeio.
Em meio ao cenário, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) reuniu-se em caráter de emergência para discutir a crescente tensão entre Israel e Irã. O encontro, no entanto, foi marcado por acusações mútuas e ameaças de retaliação entre os dois países, alimentando os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Al-Sayyid Hadi Hashim, representante do Líbano na ONU, pediu um cessar-fogo imediato, ressaltando que o conflito já deixou mais de mil mortos no país, além de mais de 1,2 milhão de deslocados. O apelo foi ouvido pelos líderes do G7, que pediram a trégua nas hostilidades para criar espaço para uma solução diplomática.
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“Este é o único caminho para diminuir as tensões de forma duradoura, estabilizar a fronteira Israel-Líbano, restaurar totalmente a soberania, a integridade territorial e a estabilidade do Líbano e devolver os cidadãos deslocados às suas casas com segurança de ambos os lados. Instamos todos os atores a proteger as populações civis”, diz a nota.