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Irã e Israel trocam acusações e prometem retaliação em caso de ataques

Países participaram como convidados da reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU na tentativa de frear escalada no Oriente Médio

Irã e Israel trocam acusações e prometem retaliação em caso de ataques
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) reuniu-se nesta quarta-feira (2) em caráter de emergência para discutir a crescente tensão entre Israel e Irã. Nas últimas semanas, um ataque israelense vitimou um importante líder do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã no Líbano. O ataque foi seguido de uma ofensiva terrestre de Israel contra militantes no território libanês. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra Israel na terça-feira (1), acirrando as tensões.

O encontro no Conselho de Segurança foi marcado por acusações mútuas e ameaças de retaliação entre os dois países, alimentando os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

Ataques aéreos e terrestres de Israel matam dezenas na Faixa de Gaza

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo por moderação e ressaltou a urgência de interromper o ciclo de violência. "Esse círculo vicioso de ações e reações precisa ser interrompido", afirmou, alertando que o tempo para a diplomacia está se esgotando.

O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, por outro lado, reforçou a postura defensiva de seu país e assegurou que qualquer ataque iraniano teria consequências severas. "Israel se protegerá, e as repercussões para o Irã serão mais severas do que ele pode imaginar", afirmou Danon.

Israel declara António Guterres "persona non grata" e o acusa de apoiar terroristas

Por sua vez, Amir Saied Iravani, embaixador do Irã na ONU, defendeu o lançamento dos mísseis como uma ação necessária para restaurar o equilíbrio de poder na região. Segundo ele, a escalada só pode ser evitada caso Israel cesse seus ataques tanto na Faixa de Gaza quanto no Líbano. "O Irã está preparado para tomar medidas adicionais de defesa, se necessário, para proteger sua soberania e seus interesses legítimos", declarou.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, reiterou o apoio de seu país a Israel, classificando o ataque iraniano como "não provocado" e enfatizando que o Irã seria responsabilizado por suas ações. "O regime iraniano será responsabilizado, e alertamos contra novas ações hostis, seja contra Israel ou contra os Estados Unidos", afirmou.

O Conselho de Segurança, porém, permanece profundamente dividido. Enquanto alguns integrantes condenam as ações do Irã, outros, como a França, pedem unidade entre os membros do conselho para evitar um agravamento da crise. Nicolas de Rivière, representante francês, apelou para que o conselho fale "com uma só voz" a fim de reduzir as tensões.

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