Justiça mantém prisão de suspeito de atirar contra primeiro-ministro da Eslováquia

O Tribunal Criminal Especializado da Eslováquia decidiu, neste sábado (18), manter a prisão preventiva do suspeito pela tentativa de assassinato contra o primeiro-ministro Robert Fico. A decisão atendeu a pedidos de promotores, que apontaram para a possibilidade de fuga ou “continuidade criminosa” do suspeito.

O ataque ocorreu na última quinta-feira (16), próximo à Casa da Cultura da cidade de Handlova. Fico, de 59 anos, se reunia com apoiadores quando foi atingido por cinco disparos, que perfuraram o abdômen e o braço do premiê. Ele precisou ser levado de helicóptero a um hospital em Bratislava, capital, onde passou por cirurgia.

No mesmo dia, o governo informou que um suspeito havia sido preso pelo crime. Os promotores pediram à polícia para não identificar publicamente o homem, mas relatos da imprensa local apontam para o ex-segurança de shopping e poeta amador Juraj Cintula, de 71 anos. Ele foi acusado de tentativa de assassinato com premeditação.

Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, mas, segundo autoridades, investigações iniciais apontam "clara motivação política" por trás dos tiros.

Nesta manhã, a ministra da Saúde, Zuzana Dolinková, informou que Fico precisou passar por uma nova cirurgia para “remover o tecido morto de alguns ferimentos de bala”. Ela disse que o prognóstico do premiê é "positivo", mas o estado de saúde continua grave. “O estado do primeiro-ministro é estável, mas apesar disso ainda é grave", disse.

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Fico é um dos políticos mais importantes da Eslováquia e ocupa o cargo premiê pela terceira vez. Caracterizado como contraditório, o político apoia pautas trabalhistas, ao mesmo tempo em que defende ideias conservadoras. Pró-Rússia, ele já manifestou que é contra o apoio militar e financeiro à Ucrânia na guerra contra Moscou.