Justiça investiga suposta corrupção no governo argentino envolvendo a irmã de Javier Milei
Karina Milei, secretária-geral da Presidência, foi citada em áudios que mencionam subornos na compra de medicamentos; veracidade das gravações ainda é apurada

SBT Brasil
A Justiça da Argentina abriu uma investigação para apurar um suposto caso de corrupção envolvendo Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e atual secretária-geral da Presidência.
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A apuração começou após o vazamento de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-diretor da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência, que mencionam o pagamento de subornos em processos de compra de medicamentos.
Nos áudios, cuja autenticidade ainda não foi confirmada, Spagnuolo cita Karina Milei e o subsecretário de Gestão, Eduardo Menem, como envolvidos em irregularidades.
Ele foi afastado do cargo na quinta-feira (6), e a polícia realizou buscas que resultaram na apreensão de computadores, celulares, documentos e US$ 266 mil em espécie, encontrados em uma drogaria que fornece medicamentos para a agência.
A denúncia foi apresentada pelo advogado Gregorio Dalbón e ocorre em meio a um embate político.
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O Congresso argentino derrubou recentemente um veto de Javier Milei a uma lei que declara estado de emergência no setor da deficiência e destina mais recursos à área, contrariando a agenda de cortes do presidente.
De acordo com a imprensa local, os mandados de busca também incluíram endereços de fornecedores envolvidos nas transações suspeitas.
O material apreendido será analisado pelo Ministério Público, sob supervisão do juiz federal Sebastián Casanello, que conduz a investigação.
Karina Milei ainda não se pronunciou sobre o caso.
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