Justiça de Nova York rejeita acusações de terrorismo contra Luigi Mangione
Suspeito de matar CEO da UnitedHealthcare segue respondendo por homicídio e pode enfrentar pena de morte em caso federal

SBT News
com informações da Reuters
Um juiz da Suprema Corte do estado de Nova York rejeitou nesta terça-feira (16) duas acusações criminais contra Luigi Mangione, de 27 anos, pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, ocorrido em dezembro de 2024.
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As acusações descartadas eram de terrorismo em nível estadual. Apesar da decisão, Mangione continua respondendo por homicídio em segundo grau e enfrenta também acusações federais.
O juiz Gregory Carro concluiu que os promotores não apresentaram provas suficientes ao grande júri para comprovar que Mangione teria agido com a intenção de intimidar trabalhadores do setor de saúde ou influenciar políticas governamentais, condições necessárias para ser enquadrado como terrorismo.
Mangione ainda pode ser condenado à prisão perpétua caso seja considerado culpado por homicídio de segundo grau, que corresponde a homicídio intencional.
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Acusação federal
Além disso, ele responde a uma acusação federal pelo assassinato de Brian Thompson, ex-presidente-executivo da UnitedHealthcare, do grupo UnitedHealth. Nesse processo, o Departamento de Justiça dos EUA busca a pena de morte.
A decisão do juiz Carro de rejeitar as acusações estaduais de terrorismo não tem impacto sobre o caso federal. O juiz também marcou a próxima audiência para 1º de dezembro.
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Relembre o caso
Brian Thompson, CEO de uma das seguradoras de saúde mais importantes dos EUA, foi morto a tiros em frente a um hotel em Midtown Manhattan, onde a empresa se reunia para uma conferência de investidores. Mangione foi indiciado em abril pelo assassinato.
O motivo do crime, segundo relatório de inteligência da polícia norte-americana, seria a raiva de Mangione contra o setor de seguros de saúde e a "ganância corporativa".