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Justiça condena oito pessoas por roubo milionário de joias de Kim Kardashian em Paris

Crime aconteceu durante a Semana de Moda de 2016; assaltantes roubaram US$ 6 milhões

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Kim Kardashian chega em tribunal de Paris | Foto: AP
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Um tribunal de Paris condenou nesta sexta-feira (23) o líder e outros sete envolvidos no assalto à socialite Kim Kardashian, que aconteceu em 2016, durante a Semana de Moda. Disfarçados de policiais, os criminosos invadiram o luxuoso Hôtel de Pourtalès, renderam a influenciadora com braçadeiras plásticas e fugiram com cerca de US$ 6 milhões em joias.

Aomar Aït Khedache, de 69 anos, líder da quadrilha, recebeu a pena mais dura: oito anos de prisão, sendo cinco deles com pena suspensa. Outros três acusados de envolvimento direto foram condenados a sete anos, com cinco anos também suspensos. Dos dez réus no processo, dois foram absolvidos. Como os demais já haviam cumprido parte da pena em prisão preventiva, nenhum deles irá para a cadeia.

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O juiz David De Pas, presidente do tribunal, afirmou que a idade avançada dos réus — o mais velho tem 79 anos, e outros estão na casa dos 60 e 70 — influenciou na decisão de não aplicar penas mais severas. O intervalo de nove anos entre o crime e o julgamento também foi considerado.

Conhecidos na França como “les papys braqueurs” (vovôs ladrões), os assaltantes chegaram ao tribunal usando sapatos ortopédicos e muletas, mas a promotoria alertou que a aparência frágil não refletia a gravidade dos crimes. Eles foram acusados de roubo à mão armada, sequestro e associação criminosa. A imprensa francesa apelidou o caso de “assalto do século”, por ser o roubo mais valioso registrado contra uma pessoa em Paris nos últimos 20 anos.

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No último dia 13, Kim Kardashian testemunhou no tribunal em Paris: “Eu realmente pensei que ia morrer”, disse ela no depoimento. Durante o assalto, ela teve uma arma apontada para a cabeça, foi amarrada e teve a boca tapada com fita adesiva. Os criminosos a arrastaram até um banheiro de mármore, onde foi instruída a permanecer em silêncio.

Kim Kardashian testemunhando | Foto: AP/ Valentin Pasquier
Kim Kardashian testemunhando | Foto: AP/ Valentin Pasquier

Khedache, líder da quadrilha, foi preso após a polícia identificar seu DNA nas braçadeiras plásticas usadas para amarrar Kardashian. Escutas telefônicas também revelaram que ele recrutava cúmplices e planejava vender as joias roubadas na Bélgica. Entre os itens roubados estava um anel de diamante dado a Kim por seu então marido, o rapper Kanye West, avaliado em mais de R$ 22 milhões. Apenas uma peça foi recuperada: uma cruz cravejada de diamantes, perdida na fuga.

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Durante o julgamento. Aomar Aït Khedache enviou uma carta a Kim Kardashian que leu no tribunal encarando o líder do roubo. “Eu agradeço a carta, eu te perdôo”, disse Kardashian na ocasião. “Mas isso não muda os sentimentos, o trauma, e o fato de que minha vida mudou para sempre.”

Após a condenação, Kim Kardashian divulgou uma nota agradecendo a Justiça francesa.

“Sou profundamente grata às autoridades francesas por buscarem justiça neste caso. O crime foi a experiência mais aterrorizante da minha vida e deixou marcas profundas em mim e na minha família. Embora eu nunca esqueça o que aconteceu, acredito no poder do crescimento e da responsabilização, e oro pela cura de todos os envolvidos. Continuarei defendendo a justiça e promovendo um sistema legal justo", declarou

* Com informações Associated Press

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