Israel divulga planos para a administração da Faixa de Gaza após fim da guerra
Tel Aviv afirma que terá a responsabilidade pela segurança em toda a fronteira, mas o território palestino não terá a presença de militares
Israel divulgou os planos para a administração da Faixa de Gaza quando o conflito contra o Hamas chegar ao fim, apesar de não existir um prazo para que isso aconteça.
Tel Aviv afirma que terá a responsabilidade pela segurança em toda a extensão da fronteira, mas o território palestino não terá a presença de militares - como acontece hoje na Cisjordânia. O texto ainda afirma que não haverá a presença de civis israelenses, nem a construção de assentamentos.
A recuperação da estrutura de Gaza seria responsabilidade de uma força-tarefa internacional. Também foram divulgados planos para a próxima fase do conflito. Nela, Israel pretende concentrar os ataques no norte do território e diminuir a presença de tropas na região. As operações militares ao sul serão focadas em encontrar líderes do Hamas e os mais de 100 reféns que ainda são mantidos pelo grupo.
O número de palestinos mortos pelos bombardeios israelenses chega a quase 23 mil, segundo o Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.
Nesta sexta-feira, israelenses e estrangeiros soltos durante a troca de reféns por prisioneiros, no ano passado, visitaram pela primeira vez os locais dos ataques terroristas de outubro.
Apoio americano
Os Estados Unidos estão oferecendo o equivalente a quase R$ 50 milhões por informações sobre cinco homens considerados financiadores do Hamas. Eles já eram classificados como terroristas pelo governo americano, antes mesmo dos ataques em Israel.
De Washington, o presidente Joe Biden decidiu enviar, mais uma vez, o mais alto diplomata do país para o Oriente Médio. Nesta quarta viagem, o secretário de Estado Antony Blinken tenta encontrar apoio de aliados árabes em meio à ameaça crescente de um conflito regional.
Mais conflitos
Na fronteira entre Israel e Líbano, a tensão com o Hezbollah continua. O grupo acusa Tel Aviv de desrespeitar a lei internacional ao bombardear um prédio de Beirute. O ataque matou um dos líderes do Hamas. Nesta sexta-feira, os libaneses formalizaram uma reclamação contra Israel no Conselho de Segurança da ONU.
No Iraque, um dia depois de um ataque americano matar o líder de uma milícia, o governo anunciou que se prepara para iniciar o fim da missão dos Estados Unidos no país. Atualmente, Washington mantém 2.500 soldados no território iraquiano, com a justificativa de impedir um novo fortalecimento do Estado Islâmico.
O grupo terrorista assumiu a autoria do atentado que matou mais de 80 pessoas durante as homenagens ao general Qassim Soleimani -- morto pelos Estados Unidos há quatro anos. Nesta sexta-feira, o Irã informou que prendeu vários suspeitos de ligação com o ataque.