Irã decreta luto oficial de cinco dias por morte de Ebrahim Raisi
Líder supremo do país nomeou primeiro vice-presidente como presidente interino; novas eleições serão realizadas em até 50 dias
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, decretou cinco dias de luto oficial pela morte do presidente Ebrahim Raisi. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20), após a nomeação do primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, como presidente interino do país. Uma nova eleição presidencial deverá ser organizada em até 50 dias pelo governo.
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"Anuncio cinco dias de luto público e ofereço minhas condolências ao querido povo do Irã. Mokhber administrará o Poder Executivo e é obrigado a combinar com os chefes dos poderes Legislativo e Judiciário a eleição de um novo presidente", disse Khamenei.
Raisi viajava de helicópteros na província do Azerbaijão Oriental na tarde de domingo (19), quando o piloto precisou fazer um pouso forçado em uma região de difícil acesso, com montanhas, florestas e intensa neblina. As operações de busca levaram à localização da aeronave e do local do acidente, confirmando a morte do presidente iraniano.
Além de Raisi, o helicóptero transportava o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem e o major-general Seyed Mehdi Mousavi, chefe da equipe de segurança. Um piloto, um copiloto e um técnico também estavam a bordo.
Relatos da mídia local apontaram para pouso forçado devido às más condições climáticas. A causa oficial do acidente, no entanto, ainda não foi informada.
Líderes e autoridades mundiais lamentaram a morte de Raisi. Entre eles estão o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Grupos extremistas financiados pelo Irã também se pronunciaram, como o Hamas e o Hezbollah.