Publicidade
Mundo

Hong Kong condena 45 ativistas pró-democracia à prisão; julgamento é alvo de críticas

Sentenças de até 10 anos foram aplicadas a ativistas acusados de subversão em protestos realizados em 2020, no território administrado pela China

Imagem da noticia Hong Kong condena 45 ativistas pró-democracia à prisão; julgamento é alvo de críticas
Ativistas condenados por subversão| AP Photo/Kin Cheung
Publicidade

Nesta terça-feira (19), um tribunal de Hong Kong condenou 45 ativistas pró-democracia a penas de até 10 anos de prisão. O julgamento, foi amplamente criticado por governos estrangeiros e grupos de direitos humanos e compreendeu o maior uso da Lei de Segurança Nacional imposta por Pequim em 2020, após meses de protestos.

Os réus foram acusados de "conspiração para subverter o poder do Estado" por sua participação em uma eleição primária informal em 2020, cujo objetivo, segundo a acusação, era bloquear orçamentos e pressionar pela renúncia do líder da cidade, apoiado pela China.

Entre os condenados estão Benny Tai, 60, um estrategista da oposição; Joshua Wong, 28, e muitos de outros, incluindo ex-legisladores veteranos e políticos jovens. Segundo as autoridades, o crime deles foi participar de uma eleição primária não oficial.

+ Israel matou mais de 200 crianças no Líbano nos últimos dois meses, diz Unicef

A maioria dos condenados teve papéis centrais nas manifestações daquele ano, que tinham como objetivo primário a autodeterminação de Hong Kong, território administrado pela China.

O julgamento atraiu atenção internacional, sendo denunciado como uma tentativa de silenciar a oposição. O consulado dos EUA classificou as sentenças como perseguição contra atividades políticas pacíficas. Já o governo chinês defendeu as ações, alegando serem necessárias para a estabilidade do território.

Apesar da repressão, famílias e apoiadores dos ativistas demonstraram solidariedade, acompanhando o julgamento em frente ao tribunal, em meio a chuva. Gwyneth Ho, ex-jornalista condenada a sete anos, declarou em sua página no Facebook: “Nosso verdadeiro crime para Pequim é querer uma democracia genuína”.

+ G20: Lula elogia "afinco", mas diz que apenas a "superfície dos desafios mundiais foi arranhada"

O caso marca uma erosão das liberdades garantidas a Hong Kong sob o acordo “um país, dois sistemas” implementado quando a cidade foi devolvida à China pelo Reino Unido em 1997. Desde a imposição da Lei de Segurança Nacional, a oposição política tem sido desmantelada, com prisões em massa e fechamento de veículos de imprensa independentes.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade