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G20: Lula elogia "afinco", mas diz que apenas a "superfície dos desafios mundiais foi arranhada"

Presidente citou Nelson Mandela em discurso ao passar presidência rotativa do grupo para a África do Sul

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Reunião do G20 - Foto - Ricardo Stuckert.jpg
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou o "afinco" do G20 durante os trabalhos ao longo da presidência rotativa do Brasil no grupo, mas afirmou que as ações feitas arranharam apenas a "superfície" das questões que precisam ser resolvidas no mundo.

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"Voltamos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho. Deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as trilhas de sherpas e de finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos. Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar", disse o presidente.

Durante a cerimônia, Lula também passou o comando do G20 para Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, que comandará o grupo pelos próximos dois anos.

Lula ainda citou o histórico presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ao passar o comando do G20 à Ramaphosa. O chefe do Executivo do Brasil desejou sorte ao sul-africano, e disse que o grupo tem a responsabilidade de "fazer melhor".

"Esta não é uma transmissão de presidência comum – é a expressão concreta dos vínculos históricos, econômicos, sociais e culturais que unem a América Latina e a África [...] Desejo ao companheiro Ramaphosa todo sucesso na liderança do G20. A África do Sul poderá contar com o Brasil para exercer uma presidência que vá além do que pudemos realizar. Lembro as palavras de outro grande sul-africano, Nelson Mandela, que disse: é fácil demolir e destruir; os heróis são aqueles que constroem. Vamos seguir construindo um mundo justo e um planeta sustentável", concluiu.

Durante o discurso, Lula ainda citou os debates realizados durante o G20 nos temas principais definidos pelo Brasil: combate à fome e à pobreza, desenvolvimento sustentável e reforma na governança das instituições internacionais, como a ONU.

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"Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e iniciamos um debate inédito sobre a taxação de super-ricos. Colocamos a mudança do clima na agenda dos ministérios de Finanças e Bancos Centrais e aprovamos o primeiro documento multilateral sobre bioeconomia. Fizemos um chamado à ação por reformas que tornem a governança global mais efetiva e representativa e dialogamos com a sociedade por meio do G20 Social", o presidente.

Ainda segundo Lula, a presidência do Brasil no G20 deu voz aos países africanos e criou um roteiro para melhorar a eficácia dos bancos multilaterais de desenvolvimento, para que também ajude na evolução dos países em desenvolvimento.

O G20 ainda definiu metas para desenvolvimento sustentável e na produção de vacinas e medicamentos

"Definimos princípios-chave sobre comércio e desenvolvimento sustentável e adotamos o compromisso de triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030. Criamos uma coalizão para a produção local e regional de vacinas e medicamentos e decidimos expandir o financiamento para infraestruturas de água e saneamento", disse, o presidente.

Ao todo, foram feitas mais de 140 reuniões do G20 em suas diversas atuações em 15 cidades brasileiras. Houve também uma "rodada de investimentos" na área de saúde.

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