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Hamas promete libertar mais reféns neste sábado (22), mas cessar-fogo pode estar comprometido

Israel considera que grupo palestino cometeu "violação cruel" de acordo e ameaça retomar ataques

Imagem da noticia Hamas promete libertar mais reféns neste sábado (22), mas cessar-fogo pode estar comprometido
Restos mortais trocados causam tensão entre Israel e Hamas / Reprodução SBT
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu vingança nesta sexta-feira (21) acusando o grupo palestino Hamas de cometer uma "violação cruel e maliciosa" do acordo de cessar-fogo depois que um dos corpos devolvidos não ser identificado como o de Shiri Bibas. Os corpos dos dois filhos delea, de 10 meses e 4 anos, também foram devolvidos, mas o da mulher não foi reconhecido.

A troca pode ter colocado o futuro do cessar-fogo em risco. Em uma declaração nesta sexta, o Hamas disse que "conduziria uma revisão completa" das informações sobre o corpo e sugeriu que pode ter acontecido uma confusão de restos mortais devido ao bombardeio feito por Israel na área onde os reféns estavam sendo mantidos.

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O Hamas liberou quatro corpos na última quinta-feira (20) como parte do acordo. Eles deveriam ser de Shiri Bibas e seus dois filhos, Kfir e Ariel Bibas, além do cadáver de Oded Lifshitz, que tinha 83 anos. Autoridades israelenses afirmam que os restos mortais dos dois meninos e de Lifshitz condizem com as identidades. Porém, o quarto corpo não era de Shiri, e sim de uma mulher não identificada de Gaza.

Netanyahu declarou: “Trabalharemos com determinação para trazer Shiri para casa junto com todos os nossos reféns, vivos ou mortos, e garantir que o Hamas pague o preço total por essa violação cruel e maliciosa do acordo”. Em resposta, o grupo palestino disse que não tem "nenhum interesse em reter quaisquer órgãos", além de afirmar que continua comprometido com o acordo.

Como demonstração do comprometimento, mais seis reféns israelenses vivos estão programados para serem libertados neste sábado (22) e mais quatro corpos devem ser devolvidos na próxima semana, completando a primeira fase do acordo. Durante o cessar-fogo, que teve início em janeiro, o Hamas tem liberado reféns vivos em troca de prisioneiros palestinos. Nesta semana, pela primeira vez, foram devolvidos restos mortais de vítimas israelenses.

O enviado dos Estados Unidos, Adam Boehler disse à rede TV CNN que houve uma clara violação da parte do Hamas: "Se eu fosse eles, libertaria todos, ou eles enfrentariam a aniquilação total".

Com a confusão e declarações contra o grupo, não está claro se a trégua irá continuar após o fim da primeira fase, que termina no início de março.

Se a libertação dos 10 reféns nos próximos dias acontecer conforme o planejado, o Hamas ficará com cerca de 60 reféns homens – acredita-se que metade ainda estejam vivos. O grupo palestino disse que não os devolverá sem um cessar-fogo duradouro e uma retirada completa das tropas israelenses.

Além da troca dos restos mortais, outras tensões colocam ainda mais dúvidas sobre a prorrogação do período de paz. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma proposta de remover cerca de 2 milhões de palestinos de Gaza para que os EUA possam tomar posse da região e reconstruí-la. O plano foi bem recebido por Netanyahu, mas universalmente rejeitada pelos palestinos.

Já Israel entrou em alerta depois de uma série de explosões que atingiu três ônibus vazios estacionados no centro do país durante a noite. Não houve feridos e reivindicação de responsabilidade, porém o exército israelense reforçou suas forças na Cisjordânia, como resposta.

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O Hamas pode relutar em libertar mais reféns se acreditar que a guerra será retomada, segundo informações da AP News.

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