Publicidade
Mundo

Hamas diz que só deixará armas se Estado palestino independente for criado

Israel quer que grupo palestino se desarme para negociar cessar-fogo de 60 dias na guerra em Gaza

Imagem da noticia Hamas diz que só deixará armas se Estado palestino independente for criado
Palestinos carregam ajuda em Beit Lahia, norte de Gaza, em 1º de agosto de 2025. | Mahmoud Issa/Reuters
Publicidade

O Hamas afirmou neste sábado (2) que não se desarmará a menos que um Estado palestino independente seja estabelecido – uma nova resposta a uma exigência israelense fundamental para acabar com a guerra em Gaza.

As negociações indiretas entre o Hamas e Israel com o objetivo de garantir um cessar-fogo de 60 dias no conflito e um acordo para a libertação de reféns terminaram na semana passada em um impasse.

+ Ministro de Israel diz que situação em Gaza é "difícil", mas aponta mentira sobre fome

Na terça-feira (29), Catar e Egito, mediadores dos esforços de cessar-fogo, endossaram uma declaração da França e da Arábia Saudita que delineava os passos para uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino. Na solução sugerida, o Hamas deveria entregar suas armas à Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente.

Em comunicado, o Hamas – que domina Gaza desde 2007, mas tem sido militarmente atingido por Israel na guerra – disse que não poderia ceder seu direito à "resistência armada" a menos que um "Estado palestino independente e totalmente soberano com Jerusalém como sua capital" seja estabelecido.

+ Ataques de Israel próximo a centros de ajuda deixam 38 mortos na Faixa de Gaza

Israel considera o desarmamento do Hamas uma condição fundamental para qualquer acordo que ponha fim ao conflito, mas o Hamas tem afirmado repetidamente que não está disposto a abandonar seu armamento.

No mês passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu qualquer futuro Estado palestino independente como uma plataforma para destruir Israel e disse que, por esse motivo, o controle de segurança sobre os territórios palestinos deve permanecer com Israel.

Ele também criticou vários países, inclusive o Reino Unido e o Canadá, por terem anunciado planos de reconhecer um Estado palestino em resposta à devastação de Gaza causada pela ofensiva e pelo bloqueio de Israel à ajuda humanitária em Gaza. O premiê classifica a medida como recompensa pela conduta do Hamas.

+ Desnutrição ameaça 2,1 milhões de pessoas na Faixa de Gaza

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e levando 251 reféns para Gaza.

O subsequente ataque militar de Israel a Gaza destruiu grande parte do enclave, matando mais de 60.000 palestinos e desencadeando uma catástrofe humanitária.

Israel e o Hamas trocaram acusações depois que a mais recente rodada de negociações terminou em um impasse, com lacunas persistentes sobre questões como a extensão da retirada militar israelense.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade