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França considera proteger aliados europeus com arsenal nuclear, diz Macron

Proposta será avaliada em cúpula de emergência da União Europeia nesta quinta (6); Rússia acusa Macron de "chantagem nuclear"

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que um acordo de paz na Ucrânia não pode ser alcançado "sob determinação russa". Em um discurso televisionado na noite de quarta-feira (5), o francês também anunciou que pretende discutir com os aliados europeus o uso do poder de dissuasão nuclear da França para proteger o continente diante das ameaças de Moscou.

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A França é a única potência nuclear da União Europeia, e Macron ressaltou que o uso de suas armas nucleares continuará sendo uma decisão exclusiva do presidente francês.

O tema foi debatido na cúpula especial da União Europeia, que ocorre nesta quinta-feira (6) em Bruxelas, onde os líderes do bloco discutirão estratégias de defesa e apoio à Ucrânia.

A proposta de Macron foi bem recebida por países como Polônia e as nações bálticas, que manifestaram apoio imediato à iniciativa. No entanto, a Rússia rejeitou a ideia, classificando-a como "extremamente confrontacional".

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou o pronunciamento do líder francês e acusou Paris de tentar se tornar o "patrono nuclear" da Europa, mesmo possuindo um arsenal menor do que o dos Estados Unidos. O governo russo ainda afirmou que o discurso de Macron contém "notas de chantagem nuclear".

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