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'Flagrante violação do acordo de cessar-fogo': Hamas faz apelo a mediadores após bombardeios

Grupo palestino classificou os ataques como 'criminosos'; ofensivas deixaram ao menos nove mortos e 15 feridos em diferentes localidades do enclave

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Vítimas são levadas ao hospital Khan Younis após ataques israelenses na Faixa de Gaza | Foto: Reuters - 28.10.2025

O Hamas apelou para os mediadores do acordo de cessar-fogo com Israel que ajudem a suspender os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza. Em comunicado emitido nesta terça-feira (28), o grupo palestino classificou os ataques como criminosos e afirmou que eles representam "flagrante violação do acordo".

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"O bombardeio criminoso realizado pelo exército de ocupação fascista em áreas da Faixa de Gaza representa uma flagrante violação do acordo de cessar-fogo que foi assinado em Sharm el-Sheikh sob a supervisão do presidente americano Trump", disse o Hamas no comunicado.

O grupo palestino pede que mediadores do acordo pressionem Israel para "conter sua escalada brutal contra os civis na Faixa de Gaza, pôr fim às suas graves violações do acordo de cessar-fogo e obrigá-lo a cumprir todas as suas cláusulas", segundo o texto.

Ao todo, os bombardeios israelenses deixaram nove mortos. Desses, quatro morreram em um ataque que atingiu um prédio residencial no bairro de Sabra, ao sul da Cidade de Gaza; e cinco morreram em uma ofensiva contra um veículo em Khan Younis, no sul de Gaza. As vítimas desta última operação eram duas crianças, uma mulher e dois homens.

Duas pessoas também ficaram feridas em um ataque a oeste de al-Zawaida, no centro de Gaza. A ofensiva foi realizada contra uma tenda que abrigava famílias deslocadas.

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que o Exército realizasse ataques imediatos e "poderosos" em Gaza, após acusar o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo. O desentendimento gira em torno da devolução dos corpos dos reféns.

Na primeira fase do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, o Hamas libertou, até o dia 13, todos os 20 reféns vivos que mantinha em Gaza desde o ataque contra Israel, em 7 de outubro de 2023. O grupo palestino também deveria devolver os corpos de 28 reféns, mas até o momento, entregou apenas 15, alegando dificuldade em localizá-los em meio à destruição.

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