Faculdade da USP rompe parceria com universidade de Israel em protesto contra ações em Gaza
Faculdade decidiu encerrar cooperação com a Universidade de Haifa; movimento pró-Palestina celebrou decisão como vitória política

Agência SBT
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) decidiu romper a cooperação acadêmica que mantinha com a Universidade de Haifa, em Israel.
A deliberação foi aprovada por integrantes do departamento e divulgada nesta semana.
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Segundo a nota aprovada na reunião do departamento, a medida é uma reação às ações do governo de Benyamin Netanyahu na Faixa de Gaza, que resultaram na destruição de áreas palestinas e em milhares de mortos e deslocados desde o início da guerra.
A Frente Palestina São Paulo comemorou a decisão, classificando-a como uma vitória para a causa palestina.
O grupo afirmou que a ruptura representa um posicionamento ético e humanitário da comunidade acadêmica brasileira diante do conflito no Oriente Médio.
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USP e Universidade de Haifa assinaram o acordo de parceria acadêmica em 2018. O acordo previa o intercâmbio de docentes, pesquisadores, estudantes e membros da equipe técnico-administrativa, a elaboração conjunta de projetos de pesquisa.
A faculdade israelita é uma das principais instituições públicas de ensino superior de Israel.
O SBT entrou em contato com a Universidade de São Paulo para comentar a decisão da FFLCH e aguarda retorno.
Segue nota da Frente Palestina na íntegra:
"A Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas deliberou, com 46 votos favoráveis, 4 contra e 4 abstenções, pelo rompimento do convênio com a Universidade de Haifa, que faz parte da estrutura colonial e racista do regime sionista! Uma bela e importante vitória da causa Palestina, resultado de mobilizações incansáveis dos estudantes, docentes e funcionários da USP junto com a crescente pressão popular pelo fim do genocídio do povo Palestino.
A FFLCH-USP se junta a UNICAMP, UFC e UFF que também já romperam com universidades israelenses e abre caminho para que a USP como um todo, assim como outras universidades pelo Brasil, rompam completamente seus convênios com Israel e cessem sua cumplicidade no genocídio.
Seguimos pressionando e lutando por BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) até uma Palestina livre do Rio ao Mar."









