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Extrema-direita deixa coalizão e Holanda deve convocar novas eleições

Decisão do deputado Geert Wilders, líder do Partido pela Liberdade (PVV), sobre política migratória pode levar à queda do governo do premiê Dick Schoof

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O deputado de extrema-direita Geert Wilders anunciou, nesta terça-feira (3), a retirada de seu partido, o Partido pela Liberdade (PVV), da coalizão governista na Holanda. A decisão foi motivada por um impasse sobre o endurecimento das regras da política migratória e pode marcar o fim do governo de 11 meses do primeiro-ministro conservador Dick Schoof.

O governo holandês era formado por uma coalizão que incluía o PVV, o Movimento dos Agricultores-Cidadãos (BBB), o centrista Novo Contrato Social (NSC) e o liberal Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VVD).

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Wilders comunicou a decisão por meio de uma publicação na rede social X, após uma reunião com os líderes dos partidos no Parlamento. Segundo ele, a falta de avanços em sua proposta de endurecimento das leis migratórias motivou a retirada do apoio e a saída dos ministros do PVV do gabinete.

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“Assinei por uma política de asilo mais dura, não pela ruína dos Países Baixos”, declarou Wilders, cujo partido continua liderando as pesquisas, ainda que com pequena vantagem sobre a oposição de centro-esquerda, que cresceu nos últimos meses.

O anúncio acontece poucos dias após a eleição presidencial na Polônia, vencida pelo conservador Karol Nawrocki, e a três semanas da cúpula da OTAN em Haia, em um cenário internacional marcado por instabilidade.

Esta não é a primeira vez que Wilders rompe com uma coalizão no poder. Em 2010, ele apoiou um governo minoritário liderado por Mark Rutte, mas abandonou a aliança menos de dois anos depois, após divergências sobre medidas de austeridade.

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Ainda não há definição sobre os próximos passos. O governo pode tentar seguir como administração minoritária ou convocar novas eleições ainda neste ano. O premiê Dick Schoof já convocou uma reunião de emergência com seu gabinete para o início desta tarde.

Frans Timmermans, ex-comissário europeu para o clima e atual líder do maior bloco opositor no Parlamento, celebrou a saída de Wilders. Ele declarou que não apoiará um governo minoritário e pediu eleições “o mais rápido possível”.

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“Bem, acho que esta é uma oportunidade para todos os partidos democráticos se livrarem dos extremos, porque ficou claro que com os extremos não se governa. Quando as coisas apertam, eles fogem”, afirmou Timmermans à agência Associated Press. * Com informações da Associated Press

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