Ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner é proibida de entrar nos EUA
Kirchner e o ex-ministro do Planejamento Julio De Vido são acusados de orquestrar esquemas de suborno com contratos públicos
SBT News
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (21), a proibição da entrada da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner no país. A decisão foi motivada pelo que Washington classificou como "envolvimento em corrupção significativa".
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Segundo comunicado do secretário de Estado Marco Rubio, Kirchner e o ex-ministro do Planejamento Julio De Vido teriam "abusado de seus cargos ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas", resultando no desvio de milhões de dólares dos cofres argentinos.
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Rubio destacou que ambos já foram condenados por corrupção em diversas instâncias da Justiça. "Os Estados Unidos continuarão a promover a responsabilização daqueles que abusam do poder público para benefício pessoal", afirmou. "Essas designações reafirmam nosso compromisso de combater a corrupção global, inclusive nos mais altos níveis de governo". Os familiares de ambos também foram alvos de sanções.
Em 2022, a ex-presidente foi condenada a seis anos de prisão na Argentina por administração fraudulenta em esquema de licitações. No ano passado, por unanimidade, desembargadores confirmaram a sentença imposta a Kirchner, mas ela ainda pode apelar à Suprema Corte. Além disso, mesmo que condenada em última instância, no país, os maiores de 70 anos têm direito a prisão domiciliar, e Cristina tem 71.
Kirchner foi acusada de liderar uma organização criminosa e por administração fraudulenta durante seu período como presidente (2007 - 2015) e como vice de Alberto Fernández. Ela foi condenada pela segunda acusação. O julgamento foi considerado o maior contra a corrupção na história da Argentina. Ao todo, a Promotoria pedia 12 anos de prisão.