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Ex-presidente Cristina Kirchner volta a ser julgada por corrupção na Argentina

Ex-presidente cumpre prisão domiciliar e é acusada de liderar o maior esquema de corrupção da história do país, segundo o Ministério Público

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Cristina Kirchner de vestido preto e mão no peito
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O Tribunal Federal da Argentina iniciou nesta quinta-feira (6) o julgamento da ex-presidente Cristina Kirchner por suspeita de corrupção no chamado caso “Cuadernos”. O caso é considerado a maior investigação de corrupção do país, segundo o Ministério Público.

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O processo investiga um suposto esquema de pagamento de propinas a integrantes do governo argentino durante seus mandatos.

O julgamento ocorre por videoconferência, já que Cristina cumpre prisão domiciliar após ter uma sentença de seis anos confirmada em outro processo, o caso “Vialidad”, que apura irregularidades na construção de rodovias no interior do país.

O caso “Cuadernos” tem como base oito cadernetas escritas por Oscar Centeno, ex-motorista de um funcionário do Ministério do Planejamento.

Nos registros, Centeno detalha o transporte de malas com dinheiro entre empresários e autoridades do governo. Segundo ele, Cristina Kirchner teria participado do esquema.

A denúncia foi revelada em 2018 pelo jornalista Diego Cabot. A investigação começou a partir de um outro processo que apurava fraudes na compra de gás natural e foi conduzida pelo ex-juiz Claudio Bonadio e pelo promotor Carlos Stornelli.

Além de Cristina, outros 86 réus, entre ex-funcionários públicos e empresários, são julgados.

Estão na lista o ex-ministro de Obras Públicas Julio De Vido e o ex-funcionário Roberto Baratta. As acusações incluem formação de associação ilícita e prática de suborno.

O processo prevê ouvir 626 testemunhas e pode se estender até 2026. Se for condenada, Cristina Kirchner poderá ter sua pena ampliada e somada à condenação anterior.

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