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EUA voltam a cobrar transparência nas eleições da Venezuela: "paciência está se esgotando"

Governo pede a divulgação dos dados detalhados sobre a contagem de votos

EUA voltam a cobrar transparência nas eleições da Venezuela: "paciência está se esgotando"
John Kirby, porta-voz do governo dos EUA para assuntos de segurança | Flickr
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O governo dos Estados Unidos criticou a falta de transparência nas eleições da Venezuela. Em coletiva na quarta-feira (31), o porta-voz do governo para assuntos de segurança, John Kirby, voltou a cobrar a divulgação dos dados detalhados do Conselho Eleitoral venezuelano, que atribuiu a vitória ao presidente Nicolás Maduro.

+ Maduro culpa oposição pela violência na Venezuela

“Quero ressaltar que nossa paciência e a da comunidade internacional está se esgotando. Ela está se esgotando para esperar que as autoridades eleitorais venezuelanas sejam honestas e divulguem os dados completos e detalhados sobre esta eleição para que todos possam ver os resultados”, disse Kirby. “Estamos observando”, frisou.

Na fala, o porta-voz citou o relatório do Carter Center que apontou que o pleito na Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral. Com isso, a entidade afirmou que o processo não pode ser considerado democrático.

Kirby ressaltou ainda que Washington está “seriamente preocupado” com os relatos de vítimas, violência e detenções nos protestos realizados por todo o país. Outro ponto de apreensão envolve os mandados de prisão que Maduro e seus representantes emitiram para líderes da oposição, culpando-os das manifestações.

“Condenamos a violência política e a repressão de qualquer tipo. E nossos corações, é claro, estão com todas as famílias que perderam um ente querido ou estão enfrentando ferimentos dos quais precisam tentar se recuperar”, disse o porta-voz.

Entenda o caso

A contestação do resultado do pleito acontece em meio aos rumores de que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), favorável a Maduro, tenha fraudado a apuração. Na contagem da entidade, Maduro aparece 52,21% dos votos, ante 44,2% de Edmundo González. A oposição contesta os números, alegando ter provas da vitória de González.

A apuração também é questionada por governos internacionais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru e Colômbia, além da União Europeia. Todos pedem a divulgação das atas – boletins das urnas –, responsáveis por mostrar a veracidade da contagem de votos. O mesmo foi solicitado pelo Brasil.

OEA também não reconheceu resultado

Apesar de não ter reconhecido o resultado das eleições venezuelanas, o Conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou, por falta de votos, a resolução que ampliava a pressão sobre a Venezuela. Foram 17 votos a favor do texto, 17 abstenções – incluindo o Brasil –, nenhum contra e cinco delegações ausentes.

+ Maduro mobiliza Forças Armadas para conter protestos na Venezuela

A resolução determinava, por exemplo, que a Venezuela publicasse imediatamente os resultados da votação das eleições em nível de cada seção eleitoral, bem como realizasse uma verificação abrangente dos resultados na presença de organizações de observação independentes. Também destacava a importância de preservar as urnas.

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