EUA: manifestantes pró-Palestina invadem prédio da Universidade de Columbia
Ação ocorreu após faculdade começar a suspender estudantes; grupo pede desinvestimento em Israel
Manifestantes pró-Palestina invadiram um prédio da Universidade de Columbia em Nova York, nesta terça-feira (30). A ação ocorreu após a diretoria começar a suspender os estudantes que não deixaram de ocupar as vias públicas da instituição, onde montaram acampamentos para protestar contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram os manifestantes entrando no Hamilton Hall e empilhando móveis para formar uma barricada. Os estudantes informaram que irão permanecer no prédio até que a universidade ceda a três demandas: desinvestimento em Israel, transparência nas finanças e anistia aos que participaram dos protestos.
As manifestações ocorrem devido aos quase oito meses de guerra entre Israel e Hamas, que acontece na Faixa de Gaza. A ofensiva israelense já deixou mais de 35 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, além de 79 mil feridos.
O movimento pró-Palestina está tomando as universidades do país. Tudo começou em meados de abril, quando mais de 100 manifestantes foram presos por acampar na Universidade de Columbia e protestar contra a guerra em Gaza. A ação provocou reações em outras universidades, incluindo na Europa, resultando em quase mil prisões.
Na segunda-feira (29), terminou o prazo dado pela Universidade de Columbia para que os estudantes deixassem o acampamento. Com isso, a reitora da instituição, Nemat Minouche Shafik, começou a suspender os alunos que não respeitaram as regras, informando que os estudantes não poderiam frequentar as aulas ou se graduar.
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"Começamos a suspender os alunos como parte desta próxima fase de nossos esforços para garantir a segurança em nosso campus. O acampamento criou um ambiente pouco acolhedor para muitos de nossos alunos e professores judeus e uma distração barulhenta que interfere no ensino, aprendizagem e preparação para os exames finais", disse.