Biden reitera oposição à invasão de Rafah em ligação com Netanyahu
Presidente dos Estados Unidos pediu também que ajuda humanitária em Gaza seja aprimorada
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou novamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à medida que a pressão aumenta sobre Israel e Hamas para alcançar um acordo que libertaria alguns reféns israelenses e traria um cessar-fogo na guerra em Gaza, que já dura quase sete meses.
A Casa Branca disse que Biden reiterou sua "posição clara" sobre o plano de Israel de invadir a cidade mais ao sul de Gaza, Rafah, apesar da preocupação mundial com mais de 1 milhão de palestinos que lá se abrigam. Os Estados Unidos se opõem à invasão por motivos humanitários, o que aumenta a tensão nas relações entre os aliados. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, retornará ao Oriente Médio na segunda-feira (29).
Biden também enfatizou que o progresso na entrega de ajuda humanitária a Gaza deve ser "sustentado e aprimorado", de acordo com o comunicado.
Enquanto isso, um alto funcionário do Catar, intermediário do conflitou, pediu que Israel e Hamas a mostrem "mais comprometimento e seriedade" nas negociações.
O Catar, que abriga a sede do Hamas em Doha, foi fundamental, juntamente com os EUA e o Egito, em ajudar a negociar uma breve interrupção dos combates em novembro, que levou à libertação de dezenas de reféns. Mas, em um sinal de frustração, o país disse neste mês que estava reavaliando seu papel.
Uma delegação israelense é esperada no Egito nos próximos dias para discutir as últimas propostas nas negociações, e o alto funcionário do Hamas, Basem Naim, disse em uma mensagem à Associated Press que uma delegação do grupo também seguirá para o Cairo.
*com informações da Associated Press