"Estamos em guerra", diz chefe militar de Israel após drone do Hezbollah matar 4 soldados no país
Herzi Halev afirmou que tropas continuarão treinando para "o que está por vir"
Ao menos quatro soldados israelenses morreram em um ataque com drones na noite de domingo (13). Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), atribuiu o bombardeio ao grupo extremista Hezbollah, afirmando que o exército “está em guerra” e que continuará “lutando pelo o que está por vir”.
“A IDF participa da dor das famílias enlutadas e continuará a acompanhá-las. Também continuaremos a lutar e treinar para o que está por vir”, disse Halevi.
O ataque em Israel aconteceu após o exército lançar uma onda de bombardeios no Líbano, onde o Hezbollah é predominante. Os bombardeios deixaram 51 mortos e mais de 170 feridos. No mesmo dia, dois tanques israelenses destruíram o portão principal de uma base da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano.
Em meio ao aumento das tensões, o governo dos Estados Unidos informou que enviará um interceptador terrestre para Israel que ajudará a derrubar os mísseis lançados pelo Hezbollah. Também serão enviadas tropas americanas para operar o equipamento, conhecido como Terminal High-Altitude Area Defense (THAAD).
Do outro lado, o Irã, que apoia o Hezbollah, disse que, apesar de mover esforços para acabar com o conflito no Líbano, o “país está pronto para guerra”. "Estamos totalmente preparados para uma situação de guerra. Não temos medo da guerra, mas não queremos guerra, queremos paz”, disse o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi.
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As movimentações aumentam o temor da comunidade internacional de uma possível guerra regional. Isso porque os combates no Líbano acontecem em meio à guerra na Faixa de Gaza, onde Israel tenta “destruir” o grupo extremista Hamas desde 2023.