EUA: Estados mobilizam Guarda Nacional em meio a protestos contra Trump
Manifestantes acusam presidente de protagonizar regime autoritário no país

Camila Stucaluc
Governadores republicanos de vários estados dos Estados Unidos mobilizaram soldados da Guarda Nacional para ficarem de prontidão neste sábado (18). A medida acontece em meio aos protestos contra a gestão do presidente Donald Trump, programados para ocorrer ainda hoje em todo o país.
As manifestações são organizadas pelo movimento “No Kings”, que acusa Trump de protagonizar um regime autoritário. O grupo cita a atuação do republicano na promoção de políticas anti-imigação, ações contra a saúde e educação, e manipulação de mapas para silenciar eleitores. Ao todo, 2,7 mil comícios foram organizados no país.
"O presidente acha que seu poder é absoluto. Mas a América não pertence a reis, ditadores ou tiranos. Pertence a nós, o povo - as pessoas que se importam, que aparecem e aquelas que lutam por dignidade, uma vida que podemos pagar e oportunidades reais. Sem tronos. Sem coroas. Sem reis. Não cederemos ao caos, à corrupção e à crueldade”, diz o grupo.
Esta é a segunda mobilização do “No Kings” desde que Trump voltou à Casa Branca. A primeira ocorreu em junho, quando 5 milhões de pessoas foram às ruas para denunciar a agenda política do presidente. Os atos ofuscaram o 79º aniversário do republicano, que comemorou a data com um desfile militar em Washington.
Aliados denunciaram os novos protestos, chamando-os de “comícios de ódio contra a América”. O líder republicano da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, disse: "Aposto que você verá apoiadores do Hamas e da antifa", referindo-se, no último caso, ao movimento antifascista recentemente classificado como "organização terrorista" por Trump.
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O mesmo foi dito pelos governadores do Texas, Greg Abbott, e da Virgínia, Glenn Youngkin, que já convocaram a Guarda Nacional para acompanhar as manifestações. A ação foi criticada pelo democrata Gene Wu, que disse que “enviar soldados armados para reprimir protestos pacíficos é o que reis e ditadores fazem”.