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Embaixador do Reino Unido nos EUA é demitido por vínculos com Jeffrey Epstein

Desligamento ocorre após a divulgação de uma série de e-mails entre o embaixador e o falecido criminoso sexual

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Embaixador britânico nos Estados Unidos, Peter Mandelson. | Carl Court/Pool via REUTERS
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O embaixador britânico nos Estados Unidos, Peter Mandelson, foi demitido nesta quinta-feira (11) pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, depois que uma série de e-mails revelou a profundidade de seus laços com o criminoso sexual norte-americano, Jeffrey Epstein, que morreu em 2019.

Conhecido por suas manobras nos bastidores durante uma carreira que durou mais de três décadas, Mandelson foi forçado a deixar o cargo diplomático mais desejado do Reino Unido depois que algumas de suas cartas e e-mails para Epstein foram revelados.

Starmer, que está com dificuldades nas pesquisas de opinião, apoiou fortemente o embaixador na quarta-feira (10), enquanto uma visita de Estado do presidente dos EUA, Donald Trump, com quem Mandelson desenvolveu laços fortes, se aproxima na próxima semana.

Trump também enfrentou questionamentos sobre suas ligações com Epstein, com a Casa Branca negando que uma suposta carta de aniversário do republicano para o falecido financista seja autêntica.

+ Democratas divulgam suposta carta de aniversário de Trump para Epstein

Mandelson chamou Epstein de "meu melhor amigo"

Fundamental para o sucesso do Partido Trabalhista quando Tony Blair era primeiro-ministro, Mandelson passou a ser investigado depois que legisladores dos EUA divulgaram documentos, incluindo uma carta chamando Epstein de "meu melhor amigo".

E-mails foram publicados na mídia mostrando que Mandelson havia aconselhado Epstein a lutar pela libertação antecipada em 2008, quando ele estava prestes a ser condenado a 18 meses de prisão por aliciamento de menores.

"Os e-mails mostram que a profundidade e a extensão do relacionamento de Peter Mandelson com Jeffrey Epstein são materialmente diferentes daquelas conhecidas na época de sua nomeação", disse o Ministério das Relações Exteriores britânico.

A divulgação da sugestão de Mandelson, de que a primeira condenação de Epstein foi injusta e deveria ser contestada, era "nova informação", disse o ministério, acrescentando que Starmer havia pedido sua remoção.

+ Caso Epstein: Comissão da Câmara dos EUA divulga mais de 33 mil páginas sobre o bilionário

Mandelson expressou arrependimento

Na quarta-feira, Mandelson disse que se arrependia profundamente de ter conhecido Epstein e que manteve a associação "por muito mais tempo do que deveria", sugerindo que acreditou nas mentiras de um "mentiroso criminoso carismático".

A declaração pareceu inicialmente satisfazer o primeiro-ministro. Starmer havia elogiado Mandelson, o primeiro nomeado político para o cargo em quase meio século, por seus esforços para garantir um acordo comercial com os Estados Unidos.

Na ocasião em que foi nomeado, vários funcionários trabalhistas alertaram Starmer sobre Mandelson, mas o líder britânico foi em frente, acreditando que ele poderia ajudar a construir as relações entre o Reino Unido e os EUA sob um governo Trump.

Um porta-voz de Starmer disse aos repórteres que, após analisar as novas informações, o primeiro-ministro tomou "medidas rápidas e decisivas" nesta quinta-feira, acrescentando que o líder britânico considerou os e-mails "repreensíveis".

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