Em quinta viagem ao Oriente Médio, Blinken tenta conter escalada de conflito na região
Secretário de Estado dos EUA também negocia um cessar-fogo entre Israel e Hamas
Na tentativa de conter a escalada do conflito na região, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken viajou nesta segunda-feira (05), pela quinta vez, ao Oriente Médio, desde o início da guerra entre Israel e Hamas. O principal diplomata norte-americano também negocia um cessar-fogo entre Tel Aviv e o grupo extremista.
A mais recente visita de Blinken começou pela Arábia Saudita, com um encontro com o príncipe Mohammad Bin Salman. Desde 2015, os sauditas controlam, militarmente, a fronteira e o espaço aéreo do país vizinho, Iêmen, de onde os Rebeldes Houthis têm ameaçado navios comerciais norte-americanos, no Mar Vermelho.
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Em reposta, ataques conjuntos dos Estados Unidos e do Reino Unido atingiram alvos rebeldes. Em terra firme, os Houthis retaliaram, afirmando que os ataques às embarcações vão prosseguir, em solidariedade aos palestinos, em Gaza.
Nesta segunda-feira, um representante dos Rebeldes Houthis culpou os norte-americanos pela escalada da violência no Oriente Médio, alegando que os EUA militarizaram a região.
Enquanto isso, na Força Multinacional de Defesa do Mar Vermelho, um comando da América Latina. A Marinha Brasileira confirmou que assumiu a liderança da força-tarefa de combate à pirataria, em uma das mais importantes rotas da região, que inclui o Golfo de Aden, a Bacia da Somália e o Mar da Arábia.
A tensão no Oriente Médio aumentou ainda mais com recentes ataques a bases militares dos EUA. Na segunda, seis combatentes curdos, aliados dos norte-americanos, foram mortos na explosão de um drone, na Síria. Um grupo apoiado pelo Irã assumiu a autoria do ataque. O governo iraniano, no entanto, continua negando envolvimento com os atentados.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca voltou a afirmar que não busca guerra com qualquer país, mas que vai responder militarmente caso soldados ou bases norte-americanas virem alvos. A escalada de violência na regão acontece enquanto ainda não há sinais de pausa na ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Ainda nesta segunda, Tel Aviv anunciou que planeja uma incursão por terra, em Rafah, no sul do território israelense, onde atualmente vivem cerca de um milhão e meio de palestinos.