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Em clima eleitoral, Biden critica Trump, promete restaurar direito ao aborto e assegura ajuda em Gaza

Presidente fez o tradicional discurso do Estado da União na noite de quinta-feira (7); crise imigratória e violência armada também foram pautadas pelo democrata

Em clima eleitoral, Biden critica Trump, promete restaurar direito ao aborto e assegura ajuda em Gaza
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abordou pontos de campanha eleitoral durante o discurso do Estado da União, na noite de quinta-feira (7). Na declaração, que ocorre todos os anos em sessão conjunta no Congresso para avaliar o futuro do país, o democrata fez críticas ao ex-presidente Donald Trump, possível adversário nas eleições.

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Apesar de não citar o nome de Trump, Biden fez referências à “administração anterior”, citando, sobretudo, o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021 – realizado em oposição ao resultado das eleições de 2020. Segundo ele, o objetivo do republicano é de “enterrar a verdade sobre o caso”, o que representa um risco para a democracia no país.

Ainda em tom de campanha, Biden prometeu restaurar a lei que regulava o aborto nos Estados Unidos. A jurisprudência foi derrubada pela Suprema Corte em julho de 2022, deixando cada estado responsável pela legalização do procedimento. Desde então, dezenas de governos estaduais restabeleceram restrições ao aborto.

“Se os americanos me enviarem um Congresso que apoie o direito de escolha, prometo a vocês que restaurarei Roe v. Wade como lei do país novamente”, garantiu o democrata.

Em relação às guerras, Biden voltou a reforçar o apoio incondicional à Ucrânia, afirmando que Kiev pode parar a ofensiva russa se Washington continuar fornecendo assistência militar e financeira. O tema, no entanto, continua enfrentando impasse entre parlamentares republicanos, que criticam a magnitude da assistência norte-americana à Ucrânia.

Já sobre o conflito na Faixa de Gaza, Biden afirmou que Israel tem o direito de combater o Hamas, mas reconheceu que o país precisa aumentar os esforços para proteger os civis. Citando ajuda humanitária, o presidente disse que irá enviar militares para construir um porto temporário na região, aumentando a entrega de alimentos e medicamentos.

Outro ponto de destaque do discurso de Biden, e que gerou maior tensão, foi sobre a política migratória. O democrata pediu por ações contra a atual crise na fronteira com o México, voltando a chamar a atenção dos republicanos para apoiar o pacote bipartidário para conter a situação. “Este projeto salvaria vidas e traria ordem à fronteira”, frisou.

A violência armada também foi abordada por Biden. Desta vez citando Trump, o líder disse que enquanto o republicano diz que os norte-americano devem “superar” os tiroteios em massa, seu governo defende que novas medidas devem ser aprovadas para parar com a violência. Uma delas é a proibição de armas de assalto - projeto que parou no Senado.

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Além desses pontos, Biden comentou sobre a melhoria da economia no país, ressaltando a queda da inflação e do desemprego, prometeu aumento para professores de escolas públicas e defendeu a seguridade social e a aposentadoria de trabalhadores. Ele ainda criticou o corte de imposto para ricos, dizendo que fará os bilionários pagarem mais impostos.

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