Publicidade
Mundo

El Salvador se oferece para receber presos dos EUA

Proposta seria posta em prática mediante a pagamento de taxa e incluiria criminosos com cidadania americana

Imagem da noticia El Salvador se oferece para receber presos dos EUA
Publicidade

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou, na terça-feira (3), que o governo de El Salvador se ofereceu para receber presos dos Estados Unidos, inclusive os que têm cidadania americana.

"O presidente Nayib Bukele fez a oferta para alojar em suas prisões criminosos perigosos detidos em nosso país, inclusive aqueles com cidadania americana e residência legal", declarou Rubio à imprensa. O chefe da diplomacia americana agradeceu o governo salvadorenho, destacando que "nenhum país jamais fez uma oferta de amizade como esta".

+ China reage e anuncia taxação de até 15% para produtos dos EUA

Ainda segundo Rubio, a prisão vai abranger "qualquer imigrante ilegal nos Estados Unidos que seja um criminoso perigoso", mencionando gangues como a MS-13 e Trem de Aragua.

Nas redes sociais, Bukele comentou a proposta, que seria posta em prática mediante ao pagamento de uma taxa por parte do governo americano. "Oferecemos aos Estados Unidos da América a oportunidade de terceirizar parte de seu sistema prisional. Estamos dispostos a aceitar apenas criminosos condenados (incluindo cidadãos americanos condenados) em nossa megaprisão (CECOT) em troca de uma taxa. A taxa seria relativamente baixa para os EUA, mas significativa para nós, tornando todo o nosso sistema prisional sustentável".

Nayib Bukele cumpre o segundo mandato como presidente de El Salvador. O seu governo é marcado por ações severas contra o crime organizado e um controle rígido sobre as instituições públicas do país.

Em uma dessas medidas, ele declarou guerra às gangues, responsáveis por altos índices de violência no país. Essa ofensiva levou ao encarceramento de cerca de 70 mil pessoas, resultando em uma expressiva queda nos índices de criminalidade. No entanto, surgiram denúncias de torturas e violações de direitos humanos em prisões superlotadas, causando preocupações internacionais.

+ OMS deve cortar custos e rever prioridades após o anúncio dos EUA de sair da organização

Apesar das polêmicas, Bukele mantém uma popularidade recorde, com mais de 90% de aprovação. Ele também foi reeleito com mais de 80% dos votos, sendo o primeiro presidente do país a conseguir um segundo mandato em mais de um século. Sua vitória, contudo, foi cercada por acusações de fraudes eleitorais, uso indevido de recursos públicos e campanhas irregulares.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade