Egito se retira de mediação por libertação de reféns mantidos em Gaza
A decisão ocorreu após ataque israelense contra o Líbano e morte do número 2 do Hamas
Cristiane Ferreira
O Egito retirou a sua participação do grupo de países mediadores que tratavam da liberação de reféns israelenses em poder de grupos rebeldes palestinos, em Gaza, desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, em outubro de 2023.
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O anúncio foi feito após a notícia da morte de Saleh al-Arouri, o número dois no comando do Hamas, assassinado durante um ataque de Israel ao Líbano, na terça-feira (2.jan). Al-Arouri foi cofundador do braço armado do Hamas e era vice de Ismail Haniyeh , líder do grupo terrorista.
O governo egípcio exerceu grande influência na libertação de reféns mantidos em Gaza, após se unir ao Catar e aos Estados Unidos nos diálogos com as lideranças palestinas e disponibilizou a passagem de Rafah para que os libertados retornassem a Israel.
A decisão egípcia de retirar-se do trabalho de mediação aconteceu após a tensão na região voltar a crescer, uma vez que o ataque que precedeu a morte de al-Arouri ocorreu em um território fora da zona de guerra e teria sido efetuado por um drone disparado por Israel.