Diretor-geral da OMS expressa preocupação com ataques de Israel a Rafah, na Faixa de Gaza
Autoridades de saúde da Palestina disseram que operação de Israel na cidade matou pelo menos 67 pessoas, incluindo mulheres e crianças
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, pediu por um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo radical Hamas e expressou especial preocupação com os recentes ataques israelenses a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, durante discurso, nesta segunda-feira (12), na Cúpula Mundial de Governo. O evento começou hoje em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
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"Estou especialmente preocupado com os recentes ataques a Rafah, para onde a maioria da população de Gaza fugiu da destruição a norte. A OMS continua a apelar pelo acesso seguro do pessoal e dos suprimentos humanitários; continuamos a apelar pela libertação dos reféns detidos pelo Hamas; e continuamos a pedir um cessar-fogo", disse Tedros.
O Exército de Israel conduziu uma operação na cidade de Rafah na madrugada desta segunda-feira. Segundo os militares, a ação resultou na libertação de dois reféns israelenses de 60 e 70 anos. Autoridades de saúde da Palestina disseram que a operação matou pelo menos 67 pessoas, incluindo mulheres e crianças. No sábado (10), pelo menos 44 pessoas foram mortas durante ataques aéreos israelenses em Rafah.
No discurso no evento nos Emirados Árabes Unidos, o diretor-geral da OMS falou que o Centro Logístico Global da OMS em Dubai desempenha atualmente um "papel vital" na resposta da entidade a várias emergências em todo o mundo, incluindo a crise em curso em Gaza.
"Até agora, entregamos 447 toneladas métricas de suprimentos médicos a Gaza, mas é uma gota no oceano de necessidades, que continua a crescer a cada dia. Apenas 15 dos 36 hospitais ainda funcionam parcial ou minimamente em Gaza. Os profissionais de saúde estão fazendo o seu melhor em circunstâncias impossíveis", acrescentou.
