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Diretor de Harvard pede afastamento após divulgação de troca de e-mails com Epstein

Documentos mostram que Larry Summers manteve relação 'incomumente próxima', durante 'vários anos', com o magnata condenado por crimes sexuais

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Larry Summers | Foto: Brendan McDermid/Reuters - 08.07.2022
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O agora ex-diretor e professor da Universidade de Harvard Larry Summers, que é também ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, pediu afastamento de suas funções docentes. O afastamento ocorreu após a divulgação, na semana passada, de e-mails trocados entre Summers e o falecido magnata Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais.

Ao The Harvard Crimson, o jornal estudantil diário de Harvard, um porta-voz da universidade confirmou que os e-mails divulgados mostram que Summers e Epstein mantiveram uma "relação incomumente próxima durante vários anos", mesmo após a condenação do magnata. O porta-voz do Summers, Steven Goldberg, informou em comunicado que o ex-diretor decidiu "se afastar de seu cargo de diretor enquanto Harvard realiza sua revisão".

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A decisão do afastamento ocorre em meio ao escândalo de Epstein voltar ao centro dos debates nos EUA nas últimas semanas. Os e-mails trocados entre Summers e Epstein fazem parte de um compilado de mais de 20 mil páginas de documentos que detalham o funcionamento da rede de tráfico sexual de menores de idade operada pelo magnata, divulgado pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA.

Outros documentos ainda devem vir a público nos próximos 30 dias, depois de uma votação na Câmara dos EUA que aprovou, por ampla maioria, a divulgação de todas as informações sobre o caso. Esses documentos incluem documentos de investigações criminais sobre Epstein, como transcrições de entrevistas com vítimas e testemunhas e itens apreendidos em buscas em suas propriedades.

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Além de Summers, outras personalidades influentes, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o príncipe Andrew são citados nos documentos. Após pressão de vítimas de Epstein e de membros do Partido Republicano, Trump sancionou, na quarta-feira (19), o projeto de lei aprovado pelo Congresso que determina a divulgação dos arquivos. Antes, o texto passou pelo Senado, que deu consentimento unânime.

Epstein foi preso pela primeira vez em 2008, quando admitiu ter prostituído uma menor de idade. Em julho de 2019, ele foi preso novamente sob acusações de abuso e tráfico sexual de menores, com mais de 250 possíveis vítimas. Um mês depois, em agosto, o magnata foi encontrado morto dentro de sua cela com indícios de suicídio.

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