Cuba sofre apagão nacional após falha em usina elétrica
Governo suspendeu aulas e serviços não essenciais; ilha vive uma crise energética
Um apagão deixou milhões de cubanos sem eletricidade nesta sexta-feira (18), levando o governo a adotar medidas emergenciais para conter o problema. Entre as ações implementadas, foram suspensas aulas, fechados alguns locais de trabalho estatais e cancelados serviços considerados não essenciais.
Autoridades informaram que o apagão desligou 1,64 gigawatts de eletricidade no horário de pico da noite, o que representa cerca de metade da demanda total da ilha naquele momento.
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"A situação piorou nos últimos dias", afirmou o primeiro-ministro Manuel Marrero, em um pronunciamento especial na televisão. "Estamos interrompendo atividades econômicas para garantir energia à população", explicou. Marrero também mencionou que as interrupções são necessárias para proteger a população e garantir o abastecimento básico de energia em áreas residenciais.
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Alfredo López, chefe da empresa estatal de energia UNE, que acompanhava Marrero durante o discurso, disse que o apagão foi causado por uma combinação de fatores: o aumento da demanda de pequenas e médias empresas, o uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e falhas em usinas termelétricas antigas, que não receberam manutenção adequada devido ao embargo dos EUA, além da escassez de combustível.
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O governo estuda ajustes nas tarifas de eletricidade para pequenas e médias empresas, setor que cresceu após autorização do governo comunista em 2021.
Marrero tentou tranquilizar a população, assegurando que há uma previsão de chegada de combustível da estatal cubana de petróleo, o que deve ajudar a reverter a situação.