Criminosos armados invadem programa de TV ao vivo no Equador
Vídeo mostra o grupo apontando arma na cara do apresentador e realizando ameaças com explosivos
Homens mascarados, portando armas e explosivos, invadiram o estúdio de um canal de televisão público no Equador durante uma transmissão ao vivo nesta terça-feira (9).
O incidente aconteceu no estúdio da rede de televisão TC Television, na cidade de Guayaquil. Até o momento não há informações sobre feridos.
A polícia informou que após a invasão todos os criminosos foram presos. Com eles, as autoridades apreenderam armas e explosivos. O número de detidos não foi informado.
"Este é um ato que deve ser considerado como um ato terrorista", disse o comandante da polícia, César Zapata, disse ao canal de TV Teleamazonas.
O Equador tem sido abalado por uma série de ataques, incluindo o sequestro de vários policiais, após a aparente fuga do líder de uma facção criminosa.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, disse na segunda-feira que declararia estado de emergência nacional, uma medida que permite às autoridades suspender os direitos das pessoas e mobilizar o exército em lugares como prisões.
Logo após os homens armados invadirem a emissora de TV, Noboa emitiu outro decreto designando 20 facções do tráfico de drogas que operam no país como grupos terroristas e autorizando as Forças Armadas do Equador a "neutralizar" esses grupos dentro dos limites do direito internacional humanitário.
O governo não informou quantos ataques ocorreram desde que anunciou que Adolfo Macías, líder da gangue Los Choneros, conhecido como "Fito", desapareceu de sua cela em uma prisão de baixa segurança no domingo. Ele deveria ser transferido para uma instalação de segurança máxima naquele dia.
As autoridades também não disseram quem se suspeita estar por trás dos ataques, que incluíram uma explosão perto da casa do presidente do Tribunal de Justiça Nacional e os sequestros de quatro policiais na noite de segunda-feira, nem se acham que as ações foram coordenadas.
*com informações da Associated Press